Por detrás de um escuteiro há sempre um...

Os meninos da Estrela são todos bem, andam nos escuteiros e aos domingos vão todos em grupo à missa. Têm uma linguagem própria e códigos que nem sempre são de fácil acesso. Estranhamente, nas universidades portuguesas ninguém se dedica a estudar as várias formas de falar neste país. Só na região de Lisboa é possível encontrar várias diferenças entre, por exemplo, Cascais e a margem sul ou, mesmo dentro de Lisboa, o bairro de Alfama e as avenidas novas. Nos Estados Unidos, para variar, a postura dos linguistas é totalmente diferente. O spanglish, uma coisa que está a emergir junto da comunidade latina que vive nos EUA e que resulta de uma fusão entre o inglês e o espanhol, está a ser estudada em várias universidades. Para se ter uma ideia deste fenómeno, o D. Quixote já está traduzido para spanglish. Aqui segue uma amostra: “In un placete de la Mancha of which nombre no quiero remembrearme, vivía, not so long ago, uno de esos gentlemen who always tienen una lanza in the rack, una buckler antigua, a skinny caballo y un grayhound para el chase”. Ou como se diria na Estrela “Numã mansão ali quem vai pró IKEA, vivia...”
Rui

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