Informação absolutamente inútil 9



Sabine Hérold tem 22 anos, lidera a organização Liberté, j'écris ton nom e é linda. No futuro todos as líderes serão assim.
Fonte: Jaquinzinhos
Rui

Informação absolutamente inútil 8



Vendo fogão, com forno, em óptimo estado de conservação (20 anos de existência mas tratado como um filho por uma mãe dedicada). Preço: 100 euros, negociável. Imagem meramente ilustrativa do objecto colocado para venda. Contacto: 91 4301644

Rui

Não há por aí ninguém que me dê uma boleia até ao Ikea mais próximo?



Enquanto não se democratiza em Portugal o conceito de casa Ikea, design contemporâneo a preço popular, temos de levar com as casas Habitat. São casas habitadas por meninos design, com colecções completas de Wallpapers, Nylon, Frame e Neo2 colocadas por ordem em estantes minimalistas, um plasma a um canto, sofás pretos sem apoio para as costas, códigos de barras gigantes que na verdade são tapetes, estrelas metalizadas que são árvores de Natal, serviços de chá brancos e finos e música electrónica a servir de ambiente musical. Ah! A luz é sempre indirecta. O interessante é que só em Portugal é que isso acontece. No resto da Europa, a Habitat é uma loja tipo Moviflor mas com um design mais elaborado. Em cidades como Berlim ou Barcelona, as casas mais interessantes são montadas a partir de objectos recolhidos nas ruas, nos mercados e nas lojas de artigos em segunda mão. A decoração sai directamente da imaginação e da improvisação de quem a vai usufruir. Aqui, como vivemos todos bem e temos muito dinheiro para gastar, essas alternativas não existem.
Rui

Informação absolutamente inútil 7

Dentro de muitos anos, quando eu, a Babs e o Vitó tivermos gás instalado em casa, uma parede a dividir uma certa assoalhada e a zona chill out montada, vamos por online uma página como esta.

Rui

Nomes que se esquecem



Há dois anos atrás tive a oportunidade de passar férias na Turquia. Desembarquei no aeroporto de Istambul por volta das 23h30 com uma mochila às costas e o Lonely Planet Turkey debaixo do braço. A cidade era-me estranha e, como não gosto de comprar viagens que os outros organizaram para mim nem de reservar quartos em hotéis com antecedência, optei por passar essa noite no aeroporto até que amanhecesse. Só aí é que apanharia um autocarro para a cidade, numa viagem que se estenderia por duas semanas. Estava à espera de um país muçulmano e descobri um país com a cabeça na Europa e os pés na Ásia. Uma Europa que não parecia, mas que o queria ser. À data, a crise económica ia desvalorizando diariamente a moeda do país, ou seja, para um european union citizen os preços ficavam cada vez mais baixos. Os turcos é que iam ficando por cada vez mais pobres. Às vezes lembro-me de Istambul, metrópole caótica, poluída e monumental, de Kas, a vila dos barcos, da aldeia de pedra e terra virada para o Mediterrâneo onde passei uma noite e à qual só se tem acesso através de barco, de Konya, capital do país conservador, de Bursa e dos hotéis dos banhos turcos e das massagens, das cidades subterrâneas na Capadócia, albergue para milhares de cristãos perseguidos, das casas escavadas na terra, das casas nas árvores com vista para o mar e, claro, da bellydance e do Tarkan em discotecas manhosas. Entre cidades fui conhecendo pessoas, umas mais interessantes do que outras, que me explicaram que país era aquele. Desde a criança engraxadora de sapatos que era espancada na esquadra por ser curda, ao vendedor de tapetes que me ofereceu estadia na casa dele durante três dias. Foram estas e outras as pessoas a quem prometi enviar as fotos que retratavam os nossos encontros casuais de viagem. Prometi mas não cumpri. Agora que soube que a al-Qaeda atacou em Istambul, pergunto-me como é que elas estarão e arrependo-me de não ter retribuído minimamente aquela generosidade genuína. Já nem sei os nomes deles. Esqueci-me. Cruzámo-nos com pessoas pequenas que depois não largamos e com pessoas grandes que pomos a um canto. Com 26 pessoas mortas num atentado em Istambul, apercebo-me que nunca se deve prometer o que, por preguiça, não se vai cumprir.

Rui

Sistemas

Nem mais: a falibilidade é uma característica inalienável de todo e qualquer sistema - não fossem eles concebidos pelo Homem.
Pode ser, e dando um salto à conversa de ontem na nossa outra casa que - por aplicação analógica - admitas também a tão por ti contestada falibilidade do sistema educativo... Ou será necessário seres seu "doutor"?!

Babs

Incumbências, tarefas e mais tarefas

A partida a mudança de casa parece uma coisa simples de fazer. Assinar o contrato, esperar pelo dia 1 do mês e mudar-se. Mas a casa não está mobilada, há apêndices da anterior existência que ficam sempre pendentes, à espera de resolução.
Os apêndices finalmente são removidos e tudo parece estar bem com o paciente, agora designado por casa. No entanto ela continua com dores, dores fisicas que precisam de ser trabalhadas, há um doutor e dois enfermeiros. A parte logistica fica a cargo do doutor enquanto que quem muda os pensos do paciente são os enfermeiros.
Não quero com isto criticar ou condenar o "nosso" sistema de saúde, quero apenas dizer que como em todos os sistemas, a infalibilidade não existe e o que penso que torna a vivência bonita é mesmo isso as pequenas falhas, as demoras, os contratempos, as mudanças de direcção e de ideias. Penso sim que o que faz com que as conversas sejam acerca dos blogs, da net, de tudo menos o que interessa seja, a consciência de todos os 3 que falta fazer ainda não muita, mas alguma coisa e a incapacidade de todos de levar essas faltas com naturalidade e começar a viver no paraíso que temos. A perfeição é inantigivel e temos de a ver assim.
Claro que haverá sempre alguém a dizer que quanto mais nos esforçarmos mais perto estaremos dela, mas nunca nos podemos esquecer do paciente que continua com dores, menos mas ainda preocupantes e deixar que o bisturi ou a tesoura cirurgica fora de sitio passem á frente do bem estar do mesmo.
Óbvio que os doutores e enfermeiros têm a sua vida e não se pode quantificar quem tem a vida mais dificil, sobrecarregada etç. É preciso é que se compreenda que cada um trata do paciente o melhor que pode e que não se pode estar continuamente a tratar do que se fez, quem fez e como se fez.
O paciente está quase bom, depressa ou devagar ele não está moribundo está, antes sim, a recompor-se e quando estiver curado vai dar uma prenda aos três sem olhar a incumbências tarefas e mais tarefas.
Com amor
Vitó

Rui, tens razão!

O Rui tem razão, os blogs (e demais formas impessoais de comunicação) constituem quase que a forma privilegiada, ou comum, da comunicação hodierna entre o ser humano, e pior, entre os amigos.
Acontece isso entre mim, o Rui e o Vitó: chegamos a casa, perguntamos uns aos outros se leram o ultimo post e as restantes conversas resumem-se à distribuição das tarefas domésticas que necessitam de ser cumpridas. Não creio, lá no fundo, que esta realidade tenha como causa exclusiva a pobre existência do "natuacasaounaminha", como também não acredito na perpetuação deste estado "das coisas ou das pessoas" lá para os lados de S. Bernardo.
Sei, pelo menos, que esta tomada de conhecimento desta importuna realidade já é suficiente para que, p.ex., logo à noite volte a questionar a permanência das garrafas de cerveja do Vitó na cozinha ou do saco do Rui no chão da sala, concedendo-lhes a oportunidade directa e imediata de me mandarem para onde bem entenderem. Mas não é isso que interessa. Importa sim comunicar e "escutar" as palavras que só os olhos são capazes de murmurar e que tantas vezes ficam retidas ou são filtradas pelos teclados...

Babs

Não sei não

Sábado à noite. Encontro-me com L e vejo o M . No dia anterior tinha sido a vez de dar de caras com o I no cinema. À uma da manhã o A, que está a viver com a B, que por sua vez é amiga da Z, vem ter connosco.


O incómodo dos blogs é que algumas conversas casuais entre amigos são substituídas por esta leitura do quotidiano e frases como 'já te disse ou leste no blog?' começam a ser ditas com uma frequência preocupante.

Rui

Informação absolutamente inútil 6

Depois da inacreditável entrevista que Manuela Moura Guedes deu ao DN, só nos resta assinar a petição Tenham Piedade.

Rui

Informação absolutamente inútil 5

A Azul ama Vermelho - Companhia de Teatro apresenta o espectáculo SICKCOM no próximo domingo, pelas 17h, no teatro Taborda. A Isabel vai estar em palco e avisa que se trata de um espectáculo bizarro e com bolinha no canto superior direito. Fica um conselho: levem umas pastilhas!

Rui

Momento de vergonha

Há uma hora atrás, a Lusa lançava um take a dizer, apenas, que tinha conseguido falar com Carlos Raleiras. A agência noticiosa reproduzia uma frase do jornalista da TSF onde ele dizia que se encontrava bem, mas tinha que desligar o telefone porque queria falar com a sua estação de rádio. Entretanto, a TSF lançava o apelo aos seus colegas para que, por razões óbvias, parassem de ligar para o jornalista raptado. Pouco tempo depois, a Lusa teve o bom senso (tardio) de tirar esse take do respectivo portal.

Agora dizem-me que a TVI já tem um carro de exteriores estacionado à porta da TSF e que anda, com o Correio da Manhã ao lado, a entrevistar os vizinhos do jornalista. Estão a viver-se momentos de vergonha.

Rui

Nunca Máis 2

Um casamento irlandês



A minha mail box, no meio de muito spam, costuma receber umas mensagens da Irlanda. A Patrícia, que está por lá, envia aos amigos umas crónicas a descrever o lado bizarro dos irlandeses. Com o devido patrocínio da União Europeia, aqui segue uma dessas mensagens. Esclareço já os mais puristas que a mensagem é publicada com a autorização da autora. Vale a pena ler até ao fim.

«Se costuma ser habitué destas festas em Portugal as diferencas sao percentuais. Aqui terá uma percentagem muito maior de gente a falar ingles e uma percentagem muito maior de alcool no sangue.

Também encontrará a mae da noiva, as tias solteiras, os primos da parvónio e os amigos do noivo, que sao os primeiros a ficar bebados e os últimos a deixar a festa. Um típico casamento irlandes é constituido por 3 partes sendo que só um grupo muito restrito atende a totalidade do mesmo. Primeiro temos a cerimónia propriamente dita. No civil ou religiosa é aqui que se concentra grande parte do glamour e dos fotógrafos do social, portanto fato de gala e chapéu a condizer sao um must. A esta parte atedem a família chegada e alguns amigos.

De seguida, a segunda parte, os comes e bebes. Nao sendo necessario traje de gala convém nao fazer ma figura, uma vez que grande parte da refeicao é durante o dia. Tal como em Portugal, toda a gente faz de conta que nao tem fome e mordisca os aperitivos e passeia um copo cheio com (aparente) sumo de laranja ... é nesta fase que os amigos do noivo comecam a beber. Chega tambem a segunda leva de convidados, ou seja, o resto da família, dos amigos e colegas de trabalho (mas só os mais velhos). Podera procurar o seu lugar na mesa, pois cá, tal como aí, também existe o conceito de segregacao dos convidados, disfarcado com os nomes das mesas (sendo qe voce pensa sempre, porque e que fiquei na mesa pimenta e nao na canela? Porque e que aquele fulano que nao tem piada nenhuma esta na mesa tomate e eu na mesa dos nabos?) ... e sim, se ainda esta solteiro, vai ficar na mesa dos encalhados (isto segunda a perspectiva dos noivos e dos tios, porque a verdade é que esta na mesa dos ... livres e desimpedidos para fazer o que bem quiser e lhe apetecer. Os amigos do noivo que estao nesta mesa, obviamente ja apresentam sinais de quem ja bebeu mais do que a conta).

Finalmente e quando a bruma do final da tarde comeca a cair (esquecam os vestidos de gala, porque o frio nao brinca) e os raios de sol se escondem atras das montanhas que rodeiam Dublin, chega a parte 3 do casório. A parte que esta aberta a todos (excepto refugiados ou vagabundos, mas isso e outra história). Nesta fase o traje fica a escolha do conviva, pode ser o tipo “chique-ma-non-tropo”, casual ou very casual. Chegam os colegas de trabalho mais novos e os primos da parvónia que se perderam pelo caminho. Os amigos do noivo ja nao se seguram em pé. Esta é a parte mais animada do casamento, porque e quando o “disco-joca” comeca a “tocar” ... primeiro as músicas que fizeram o romance dos noivos; depois os slows para os velhotes e por fim o meddley de disco sound que agrada a gregos e troianos. Neste caso a irlandeses e romenos (eu nao conto) ... porque o noivo é romeno. Há musica pop, tradicional e romena. Se correr o risco de dancar ao som desta última, sera bombardeado, até ao último amigo do noivo deixara festa, com perguntas sobre a sua proveniencia e sobre “Espanha”!

Antes do bouquet da noiva percorrer o ar a caminho da mao de uma desgracada que nao queria que ninguem
soubesse que ainda esta encalhada ... e de acordo com um costume romeno, o padrinho do noivo tem que “fugir” com a noiva e espera-se que o noivo percorra em desespero os cantos a casa , a procura da esposa. Quando regressa triunfal com a femea pelos bracos, todos os convivas devem bater palmas e dancar de alegria (claro que os amigos do noivo podem ficar sentados a dormir, ou na casa de banho ...).

O único senao desta última fase e queo bar e aberto, mas voce paga as suas bebidas, e devo avisar que os long drinks sao um perigo, porque quanto mais ingredientes tiverem mais paga. Por exemplo, se pedir uma cuba livre, paga o rum e a coca-cola separados. Se pedir um mai thai vai pagar o rum , o sumo de laranja e o vermute tudo em separado ... portanto se nao for “estrangeiro” prepare-se para abrir os cordoes da bolsa...

Por fim e depois dos noivos ja terem ido embora, ficam os amigos do noivo a tentar convencer as amigas da noiva a irem todos juntos para um night club e se tiver a sorte de ser “estrangeiro/a” ainda lhe cantam uma serenata até a polícia chegar (ou o taxi, conforme o que estiver mais perto).»

Tenho saudades da Patrícia. Desde os momentos simples mas bons que passamos juntos até aos mais emotivos como quando fomos para Santos dizer adeus a um barco. Amanhã é o dia de anos dela. E eu continuo com saudades.

Rui

Nunca Máis



Há um ano atrás descobrimos que Nossa Senhora de Fátima era mais influente que Santiago Apóstolo. A maré negra do Prestige não chegou a Portugal mas manchou por muitos anos as costas da Galiza. Num dos mais espectaculares encobrimentos mediáticos de que há memória no país vizinho, os espanhóis demoraram semanas a aperceberem-se do real drama que tinha dado à costa. Em Portugal, entre o egoísmo saloio do dr. Portas e a ignorância que transborda de alguns editores dos principais meios de informação, o Prestige foi visto como um problema dos outros. Uns-outros-que-não-somos-nós-e-por-isso-não-é-problema-nosso. Os galegos, que podem gostar de gaitas mas não são parvos nenhuns, criaram o movimento Nunca Máis, uma plataforma cidadã que quer responsabilizar quem tem de ser responsabilizado. Doa a quem doer. Hoje é dia de manifestações por toda a Galiza. Para domingo, ao meio-dia, está marcada a concentração na praça do Obradoiro em Santiago de Compostela. Eu estou com eles. Porque prefiro as pessoas com as mãos sujas de crude e que um ano depois não desistiram de lutar àquelas que se deixam por levar por ventos e marés. Nunca Máis.

Rui

Google, Google, Google e mais Google

Adoro informação,
Adoro bibliotecas,
Logo, adoro o Google.

Tem 3,3 milhões de páginas, 450 milhões de imagens, um milhão e meio de páginas particulares (como esta), 800 milhões de mensagens, cinco anos de vida e é "filho" de dois génios com apenas 30 anos de idade. Simplesmente fantástico!
Dá para perceber que não vivo sem ele.

Parabéns à edição nº 558 da revista Visão pela referência prestada.

Babs

Sim

Dia 15 de Novembro vao passar por Portugal, mais concretamente por Vila Nova De Gaia, os dois gurus do Dub. Lee "Scratch" Perry & The Mad Professor.
Espera-se que tragam muita jamaica até nós.
Para que, mais uma vez, nao passem completamente despercebidos aqui fica a referencia, timida mas existente, a esses dois grandes senhores da world music.

Lee "Scratch" Perry

Se já ouviram a musica tocada por ele, então conhecerão a enorme variedade de influências que o inspiraram a criar a sua música. Muitos tentaram, ao longo de muitos anos imitar, sem sucesso, o som caracteristico e unico que parece emergir tao facilmente de Lee Perry.

Mad Professor

Podem esperar batidas fortes com muito eco, filtros e efeitos, criando uma ambiencia melosa e tropical que vos fara dancar.
Good vibes
Vitó

Afinal voltei 2

Querido Rui,

Provocaste em mim o desejo de fazer aquilo que fazes à avó Anastácia: inundar-te de beijos inocentes e carinhosos quando te encontrar na nossa outra casa.
Apesar de marcante, o peso da perda do nosso animal de estimação é incomparavelmente mais leve ao do peso da perda de entes queridos - perdi a Kika depois de já ter perdido os dois avôs...
Bem, isto está a ficar demasiado fúnebre - falamos em S. Bernardo.

Thanks for the pillow... ( se bem que desconfio que parte do conforto prestado deve-se ao facto de não teres atendido as minhas chamadas telefónicas por ausência de resposta ao problema caseiro que te incumbe resolver....)

P.S.: Votos de céleres melhoras à avó de nome sumptuoso: Anastácia!

Babs

Afinal voltei

Rui,

Desconheço os eventuais laços existentes entre ti e o/a autor(a) do "Magnorio", mas o certo é que não insere um post desde o mês passado. Não gosto.
Desconheço também a tua eventual ligação à Tasqueira...

Babs

A minha avó Anastácia

Tenho o prazer de ter todos os meus avós vivos. A minha avó Anastácia, que eu sei que reza todos os dias por mim pelo facto de eu viver numa cidade como Lisboa, está doente. Muito doente. Quando eu era miúdo, acreditava que a minha avó tinha nome de rainha árabe. Depois apercebi-me que não, que era uma mulher que viveu a via-sacra de ter crescido e vivido num país pobre, como era Portugal nos tempos da ditadura. Não pode estudar além da quarta classe, apesar da intercepção da professora, porque os pais eram moleiros e não tinham como pagar os estudos. Depois de casar com o meu avô Francisco mergulhou num regime patriarcal de ferro, ou não fosse o meu avô GNR. Mas ela lá foi vivendo. E com o passar do tempo, a perene doença dos ossos foi corroendo o corpo dela. Continua a corroer a cada dia que passa. Como se não chegasse este problema, ficou cega de um olho e do outro pouco vê. Aliás, eu uso óculos por causa dos genes que ela me deu. Mas não me importo. Gosto muito da minha avó. Quando vou a Braga, uma das primeiras coisas que faço é ir àquela casa no bairro da Alegria dar-lhe beijinhos. Daqueles beijinhos que só os netos sabem dar às avós. Depois dos beijinhos, dou-lhe um pacote de biscoitos que compro na Regina Doce. Em troca recebo uma nota de dez euros. Ela fica convencida de que me deu o equivalente a cinco contos. Há três anos que é assim. Isto, Bárbara, para te explicar que um dia destes vou perceber o que é sentir a falta de alguém importante.

Rui

Informação absolutamente inútil 4

A Tasqueira é uma gaja porreira.

Rui

Cinzas

É o nono dia a contar do termo da existência da Kika, a minha fiel yorkshire terrier.
Não gosto de falar disto, nem sequer falei disto com eles.
Por hoje é tudo.

Babs

Eles gostam de nós

Não é que depois do JN ter sugerido o nosso blog como leitura de fim-de-semana (obrigado pelo momento de glória!), o 24horas decidiu fazer hoje capa sobre um post que colocámos ontem no Na Tua Casa?

Missiva ao Vitó

Caro amigo,

Tendo em conta o reduzido tempo livre que disponho por ora, adianto aqui algumas realidades e outras tantas considerações que sei que iniciarão uma discussão que estender-se-à até à nossa outra casa:

- Sabias que tu, enquanto estudante do ensino superior público (adiante designado por e.s.p.), custas cerca de €5.520/ ano ao "Estado"?!
Quanto pagas de propina anual?

- Sabias que não existe qualquer imposição constitucional/legal quanto à frequência no e.s.p?!
A tua incursão no meio não foi por acto voluntário?

- Sabias que a maior parte dos alunos portugueses efectivamente carenciados encontram-se no ensino superior privado?!
Sabes quanto é que pagam mensalmente só de propinas?

- (...)

Acho que, e em nome do bom senso e do bom nome da nossa geração,
devemos pensar três vezes antes de dizermos certas coisas sob pena de incorrermos em verborreias reaccionárias e desprovidas da madureza que certos assuntos reclamam.
Eu encaro uma licenciatura como a principal ferramenta para galgar autonomamente na vida, consequentemente não considero que o "Estado" tenha a imperiosa obrigação de suportar o meu custo na aquisição daquilo que EU, e só EU, entendi que seria o melhor meio para alcançar o êxito futuro por/para mim pretendido.
Sou aluna do ensino superior,mas não do e.s.p., sendo a minha propina mensal superior à tua até então propina anual; financio, como tantos outros cidadãos e através do pagamento coercivo de impostos, a tua permanência no e.s.p. durante o tempo que entenderes razoável, sem me insurgir contra ti e sem te dizer que poderias pagar mais propinas para que os teus colegas realmente carenciados pudessem frequentar o e.s.p. ou até demorar o mesmo tempo que tu para acabar o curso (quem realmente abdica de bens considerados essenciais apresenta-se, pelo menos, célere na conclusão da sua formação académica).
Devemos querer sempre mais e melhor. Devemos sempre reivindicar, avocar os nossos direitos em nome da legítima luta por uma sociedade necessariamente mais justa e por um futuro desejávelmente melhor- eis os eternos clichés filhos da Democracia. Mas, do mesmo modo, não os podemos deixar orfãos, temos de ser seus "pais", cumprindo os nossos deveres e reclamando a excelência depois de a termos adoptado como estatuto da nossa conduta.

Babs

Informação absolutamente inútil 3

A vida dá muitas voltas. O namorado secreto e futuro marido da Teresa Guilherme é o gajo dos anúncios da Flora (“Onde é que está o pão?”). Depois de tantos camaramen e assistentes de produção juniores que passaram por aquelas mãos, havia ela de escolher um tipo normal e maior de trinta anos. Afinal a Teresa é como as outras, quer é estabilidade.
Exclusivo Carlos Castro, para o Na Tua Casa Ou Na Minha

Carta ao Sr. Jose Manuel Fernandes

Sr José Manuel Fernandes,
Tudo o que disse parece ser de facto sensato e ponderado mas parece-me que nao e uma opiniao parcial.Fundamentada parece ser, mas fundamentada na opiniao nao na experiência de quem anda numa universidade publica.
A proposito aqui ficam alguns dados referentes ao financiamento do ensino secundario relativos ao ano 2000, em "www.eurydice.org".

"...Em praticamente metade dos países da UE e da EFTA/EEE, os estudantes nao contribuem para acobertura dos custos do ensino superior, pelo que este pode, consequentemente, ser considerado
como gratuito. Estao neste caso a Dinamarca, a Grecia, o Luxemburgo, a austria, a Finlandia e a
Suecia, bem como a Noruega. Ha tambem o caso da Alemanha, com excepcao de dois Lander (Bade-
Wurtemberg e Berlim), nos quais foram introduzidas regulamentacoes que visam o aumento das
taxas de matricula.Em muitos destes paises (Alemanha, Austria, Finlandia, Suecia e Noruega), os estudantes sao
levados a pagar quotizacoes, quer as associacoes de estudantes, quer a organismos que
proporcionam apoio aos estudantes, a maior parte das vezes sob a forma de serviços subsidiados
(alojamento, alimentacao, serviços culturais, etc.).Nos outros paises, os estudantes pagam taxas de matricula ou propinas aos estabelecimentos de ensino superior.E o caso da Belgica, da Espanha, da Franca, da Irlanda, da Italia, dos Paíises Baixos,de Portugal, do Reino Unido, bem como da Islandia. Os montantes podem variar consoante os
paises, e, dentro de um mesmo pai­s, conforme o sector de ensino ou o programa de estudos..."

Gastar facilmente em cerveja, em telemoveis, ou onde quer que seja parece-me uma generalizacao errada visto a grande maioria dos estudantes com quem converso, e sao muitos, veem cada vez mais o seu orcamento apertado e nao e deste ano, ja ha algum tempo que vem sendo assim. Sera que podemos ser criticados por tentar esquecer, por vezes, este pai­s que, cada vez mais, se aproxima de um pais sul americano onde as desigualdades sociais se acentuam de dia para dia, sera que temos de acreditar que este aumento brusco das propinas se destina ao melhoramento da qualidade de ensino, das instalacoes universitarias, do reforco da accao social, da aposta na investigacao?

Ou sera que e legi­timo pensarmos que este aumento apenas se verifica para o actual governo conseguir fazer face a mais umas decimas do defice a custa dos estudantes e respectivas fami­lias. Sera legi­timo penar que este aumento brusco das propinas se destina a pagar os salarios dos professores, acessores, adjuntos, assistentes e secretarias (note-se que segundo o site "www.eurydice.org" "...O ultimo relatorio publicado pela rede estatistica europeia Eurydice confirma que os professores portugueses sao os mais bem pagos da Europa. O estudo analisa dados de 30 paises relativos ao ano passado e tem em conta a correspondencia, em cada um deles, entre o salario e o Produto
Interno Bruto (PIB) "per capita"..."
Os professores portugueses, quer ao nivel primario, secundario inferior e secundario superior, sao os que mais auferem em relacao ao resto dos pai­ses da comunidade europeia, informacao disponibilizada graficamente aqui).

Nao sera legi­timo pensar que este aumento brusco das propinas se destinam a, de uma maneira escamoteada, reduzir o numero de estudantes no ensino superior atraves dum aumento injusto que visa os mais desfavorecidos a desencorajar os filhos de prosseguirem uma carreira academica e/ou os filhos conscientes das dificuldades dos pais optarem por nao sobrecarregar as dividas ja muitas dos pais. (falo agora de uma situacao ocorrida na covilha a qual um amigo meu assistiu na fila de inscricoes, quando ja se sabia que este aumento tinha pernas para andar, uma filha e o seu pai ja com 2 filhos no superior, quando perguntou no secretariado qual seria o valor das propinas e a funcionaria lhe respondeu, a filha nao se inscreveu).

Sera que a mesma medida de uma outra forma nao seria tao ou mais eficaz, por exemplo acabar com os cursos nos quais se inscrevem menos de 5 alunos, e que nos quais continuam a leccionar professores como se de uma turma se tratasse, segundo a capital de 23/09/2003 300 cursos receberam 10 alunos e 10 cursos nao receberam nenhum (informacao disponibilizada aqui) ou reduzir o numero de vagas para cursos se sabe que estao a abarrotar e com as sai­das de emprego completamente tapadas. Nao estaremos a formar futuros desempregados de luxo os quais teremos de suportar com verbas muito mais superiores.

Porque nao defender uma propina minima ajustada, onde tanto os que tem mais poder como os que tem menos poder pudessem conviver e estudar sem que para isso fosse preciso este aperto. Sr Jose Manuel Fernandes, ha muita gente a viver estudante a viver por mes com 100/150 Euros, estudantes que sacrificam quase tudo para poder tirar o seu grau academico, agora retire a 100/150 50/60 Euros, acha que vao ter uma vida digna?

Defende como eu a progressividade dos aumentos, e talvez pudesse pensar que o grito "nao pagamos" se refere a escandalosa diferenca agora imposta e nao as propinas em geral. Acha que os estudantes, conscientes de que tem um ensino de qualidade, instalacoes etc, etc se manifestariam por este ou por outro aumento, uma manifestacao que juntou pesoas de todos os extractos sociais e cores poli­ticas.
Deveremos nos achar que este aumento se destina a melhorar a vida dos estudantes, quando um estudante na sociedade portuguesa e visto como mais uma pessoa activa sem qualquer tipo de benefÃicio nos passes sociais, transportes, vida em geral. Deveremos nos estar a favor desta monstruosidade que visa apenas recolher mais uns milhoes no curto prazo que rapidamente se escoarao para que no fim do ano a meta principal e unica do nosso governo seja baixar mais uma(s) decima(s) no defice, para ai sim mostrar que o nosso governo e um aluno aplicado, esquecendo no entanto os seus alunos que continuam a viver a merce do tira do bolso de quem nao tem ou pouco tem para que no final sejamos vistos la fora com nota positiva.
A nossa classificacao esta dada, ca dentro ela e negativa e muito negativa.
Vito

Informação absolutamente inútil 2

Depois das críticas à imprensa portuguesa tecidas pela Babs, aqui fica uma flechada nas elites. Desculpem, eu disse elites?

“Foi a noite mais divertida que já passámos na prisão". A frase é de João Braga Gonçalves e foi proferida ontem, durante o café da manhã, no Estabelecimento Prisional junto à Polícia Judiciária. Tudo por causa de José Castelo Branco, cuja passagem pelo EPPJ dificilmente será esquecida, de acordo com aquilo que os irmãos Braga Gonçalves contaram ontem a uma das suas visitas. Tudo começou quando Castelo Branco teve de se despir, regra da prisão. O facto de estar de 'collants' de lycra e cueca fio dental foi, obviamente, alvo da maior chacota. Depois, o 'marchant' ex-modelo, não aguentou ficar fechado na cela. Gritava bem alto que sofria de "afrontamentos" e "claustrofobia". Numa primeira fase, os guardas iam-lhe abrindo a porta da cela a espaços. Mas face à gritaria, com frases como "são os invejosos", "eu sou um senhor, casado com uma dama multimilionária e conhecido em todo o mundo" e "é por causa desta inveja que eu detesto este País, quero voltar para Nova Iorque", quando a espertina já tinha atingido toda a ala e todos riam, foi tomada a decisão de deixar a porta da cela aberta e colocar um guarda de vigia. De manhã, na tal mesa do café, continuaram as lamentações. Castelo Branco queria estar "apresentável" para ir a interrogatório, até porque só veste grandes marcas. Pediu gel e um elástico para o cabelo. Como não havia, protestou alto e bom som. Voltando às suas frase preferidas - "Eu sou um lorde, um senhor, vocês são uns invejosos, não posso ir assim ao ju, in Coriz" -, Castelo Branco lá conseguiu um elástico de borracha normal e puxou o cabelo para trás com água. (...)", in Correio da Manhã

Rui

Notícias com direito a publicação na primeira pág. de alguns diários europeus

10 de Novembro

"El princípe Carlos convoca una reunión familiar urgente ante los rumores sobre su sexualidad" ( El Pais)

"Le prince Charles «calomnié» par un ancien valet
«Exclusivité mondiale : Charles et son valet, l'histoire vraie» tonitrue à la une, le tabloide dominical Mail on Sunday.«Charles est-il bisexuel?» interroge, de son côté, le News of the World. Les deux titres des deux gazettes populaires les plus vendues le dimanche résument le nouveau..." (Le Figaro)

"Charles gathers family around him" (The Times)

Para que não se pense que só em este "país à beira mar plantado" é que se assiste a primeiras páginas de cariz sexual.
Cultura europeia?!

Babs
Sob pena do título atribuído ao Editorial do Público de 06/11 não ser unânime entre os inquilinos deste blog, resta-me assinar,
Babs

Hino à sensatez

A Manifestação Egoista
Por JOSÉ MANUEL FERNANDES
Quinta-feira, 06 de Novembro de 2003

Editorial

Estudantes movidos por genuínos sentimentos de solidariedade social centrariam as suas reivindicações na Acção Social Escolar. Em contrapartida, estudantes que gastam facilmente em cerveja ou num novo telemóvel o equivalente ao esforço mensal que representam as propinas têm pouca moral para se manifestarem

As duas principais reivindicações dos estudantes que ontem se manifestaram em Lisboa são erradas: é errado gritar "não pagamos" propinas; é errado exigir o fim das prescrições. E é pena que tenham escolhido as bandeiras erradas de luta, porque há muitas coisas mal no Ensino Superior, a começar pelos deficientes níveis de qualidade e exigência de muitas escolas e cursos e a acabar nas insuficiências da Acção Social Escolar.

O pagamento de propinas é um imperativo de justiça social, já que corresponde a uma pequena comparticipação dos estudantes e das suas famílias no esforço colectivo de promoção da formação dos portugueses (uma comparticipação de uns 15 por cento). Pagar propinas também responsabiliza os estudantes ao tornar mais claro que o ensino tem um custo elevado; é uma medida socialmente justa, pois os estudantes com formação superior têm melhores oportunidades de futuro do que aqueles que não chegam às universidades, e as famílias destes não deixam por isso de pagar os impostos que suportam o grosso da formação de cada estudante. Por fim, diferenciar as propinas entre diferentes estabelecimentos de ensino é racional pois nem todos têm a mesma qualidade, assim como nem todos os cursos custam o mesmo ou oferecem idênticas saídas profissionais. O aumento é demasiado brusco? Talvez, mas então o que os estudantes deviam reivindicar era a progressividade do aumento, não gritar "não pagamos".

Por outro lado, como ontem se mostrava no PÚBLICO, o peso das propinas no total dos custos suportados pelas famílias que têm filhos no ensino superior é pequeno, correspondendo a 10 ou 15 por cento.

O que nos leva à verdadeira injustiça: o facto de existirem muitos estudantes que poderiam e deveriam frequentar o ensino superior mas não o fazem porque as suas famílias não podem suportar esse custo mensal e, nesta frente, o apoio da Acção Social Escolar ser muito insuficiente. O que pesa não é o valor da propina, até porque o Estado suporta a diferença entre a propina mínima e a propina definida pelas escolas a todos os estudantes bolseiros (e são cerca de um quinto do total): o que pesa é a falta, sobretudo, de apoios aos estudantes deslocados, sobretudo os que pagam pequenas fortunas por quartos alugados.

Neste domínio o Orçamento de Estado para 2004 até dá indicações que não são totalmente negativas. É certo que há desinvestimento nas transferências para as Universidades e Politécnicos, e isso é mau até porque reforça a convicção de que a nova lei das propinas apenas visa ultrapassar as actuais dificuldades orçamentais. Em contrapartida, as transferências para a Acção Social Escolar sobem mais de dez por cento. No total, contando com as receitas próprias das instituições (isto é, com as propinas mais elevadas), as receitas totais do ensino superior público sobem entre 2,8 por cento no Politécnico e 6,2 por cento nas Universidades.

O que é que isto significa? Significa que no próximo ano vai haver mais apoio aos estudantes mais carenciados e menos subsidiação dos estudos daqueles que podem suportar as tais propinas mais elevadas (que são a maioria). O apoio aos mais carenciados é ainda muito insuficiente, porque sabemos que não evita que continuem a ficar muitos estudantes fora do sistema, mas esta opção é mais justa pois corresponde a alguma transferência de recursos, mesmo que imperfeita, dos que mais podem para os que menos podem.

Estudantes movidos por genuínos sentimentos de solidariedade social centrariam as suas reivindicações na Acção Social Escolar. Em contrapartida, estudantes que gastam facilmente em cerveja ou num novo telemóvel o equivalente ao esforço mensal que representam as propinas têm pouca moral para se manifestarem. E menos moral ainda quando protestam contra a prescrições, isto é, contra o fim do verdadeiro escândalo que é um estudante cábula poder prosseguir indefinidamente nas escolas públicas, a gastar dinheiro que é de todos, sem se formar ou então desistindo a meio, desorganizando o sistema e tirando o lugar a outros.

PS. Francisco Louçã fez ontem, junto aos manifestantes e para as televisões verem, uma palhaçada oportunista e um discurso populista. Devia ter vergonha.

Bom fim de semana

Olá, só vim actualizar o blog e ver como estava o menino. Queria felicitar todos os visitantes, mesmo que efémeros, do nosso blog e desejar um santo fim de semana. Ai, quando é que chega o meu colchão para finalmente usufruir do conforto do lar. Hoje vou dormir a casa de um amigo meu, ehehee, sou alto crava nunca fico a pé. Não é que a casa não esteja preparada mas quero ficar lá a primeira vez com a sensação de que já alta pouco. Tem sido uma tarefa ificil orientar a situação mas também é verdade que dá muito mais gozo conseguir uma coisa quando ela nos dá luta, é assim com a primeira noite fora de casa, com a\o parceira\o, com tudo na vida. Tudo tem mais sabor quando temos de suar para que aconteça (excepção feita áquele jackpot do totoloto, àquela herança surpresa de uma tia da avó do primo da cunhada da irmã que se lembrou de nós por acaso) mas, como se sabe essas utopias são isso mesmo. Já me estou a dispersar, como is dizeno já falta pouco para que a nossa casa esteja aquele reino de pincipes e princesas roçando a ambiência onírica, o estado comatoso, a ascensão da alma. Para já ainda é feita de avaços e recuos, certezas e desmoronamento das mesmas mas no fim quando a obra estiver acabada nem vai parecer uma coisa portuguesa, acabada á última da hora, vai antes parecer uma coisa irlandesa, debatida no bar, nos copos, no noite, executada de dia por profissionais, estudada ao infimo pormenor, acabada com os melhores materiais e especialmente feita á medida dos três amigos que por este sonho lutaram durante dois meses, será a casa dos sonhos de qualquer um, apenas suplantada por esta que é a casa onde, se tudo correr bem e não parecendo pretensioso ou falso modesto, um dia deses vou morar.
Força amigos, tem sido uma luta dificil mas quando terminar abraçaremos os nossos inimigos, e rir-nos-emos das dificuldades.
Com este pensamento me despeço e desjo-vos um bom fim de semana.
Vitó
Rui, olha o guia! se tiveres lido isto perdeste mais 15 minutos de trabalho. Ehehehehe, a gente vê-se por casa

Informação absolutamente inútil 1

Ele quer voltar.

Rui

Afinal o sémen é substituto do Prozac?!

Bem, lido o post precedente conclui-se que o bom humor entre a maioria da população (as estatísticas portuguesas assim o ditam) está dependente, entre outras coisas, da capacidade feminina em suportar uma relação sexual de risco- de engravidar ou de contrair alguma(s) I.S.T.(s) (Infecção Sexualmente Transmissível- eis a nova terminologia adoptada pelos técnicos para estas graves e sérias "maleitas")- para que assim possa ser invadida pelo líquido fecundante do(s) seu(s) par(es) !!!!!
Desconheço o universo e a nacionalidade da população feminina que serviu de objecto ao referido estudo, e como tal abstenho-me de comentar uma matéria que, aos meus olhos, seria passível de uma deliciosa e divertida especulação...
Assim sendo, deter-me-ei na conclusão considerada "plausível" pelos respectivos investigadores: o facto do sémen conter hormonas ( vocábulo que presumo sinónimo de "hormônio") afectantes do nosso humor, pois as mulheres que não usam preservativos apresentam outro "contentamento". Suponho, e para não tecer mais considerações e em abono da sua boa saúde, que tais mulheres tenham um só parceiro, e, consequentemente, uma relação sexulamente estável e regular. Gostava eu então de saber o que, a par do uso do preservativo, realmente importa: quantas vezes por dia/semana/mês...?!.
Qui ça se as referidas mulheres mais "contentes" não são aquelas que usufruem de opulentas relações sexuais?!
O reino da abundância também me deixa mais "contente". A vocês não?!

Babs

Encontrei a solução...

... para o problema doméstico da falta de gás. Agora só precisamos que além se desloque a Torres Vedras para ir buscar o produto.

Rui

Monopólios

MONOPÓLIO - Esta palavra tem vários significados e/ou significâncias
1 - è o abuso do livre comércio por um ou mais individuos que procuram
vender sozinhos todo um bem e/ou serviço em prol da sua empresa, em deterimento
do serviço ao publico.
2 - Os conluios entre todos os comerciantes desse bem e/ou serviço para aumentar
o preço do mesmo em deterimento do consumidor é também considerado monopólio.
3 - Um monopólio é também uma garantia ou adjudicação por parte do estado a uma
empresa ou pessoa, de vender, comprar, fazer, trabalhar ou usar algo exclusivamente.

Chegámos portanto ao inicio da minha revolta para com uma empresa que opera em lisboa, e que a meu ver tem o monopólio das estruturas e negócio do gás natural em Lisboa. Ora sendo eu o consumidor, quem por mês vai pagar os serviços da empresa e, claro, pagar o que gasto, não deveria ser o contrário do que a empresa exige! Calma, vou passar a dizer o que a empresa exige, exige que esteja tudo montado, fogão e esquentador, até aqui tudo correcto, pois ligar o gás sem as "tubagens" estarem prontas é obviamente perigoso e aplaudo a preocupação para com a saude dos seus clientes.
O que não aplaudo é ter que pagar a um técnico 25€ pro este se deslocar a minha casa e verificar se está tudo correctamente ligado, sem fugas, a funcionar tudo na perfeição. Pergunto sendo eu quem nos próximos 5 anos vai pagar consecutivamente a factura porque razão tenho de pagar a um parasita que não faz nada para ver se está tudo emoredem. Acho que deveria pagar 25€ para esse mesmo inspector, não ter esse nome, mas sim para ser reparador, montador, etç de forma a que o mais breve possivel pudesse usufruir dos serviços da empresa. Pergunto-me se caso quando chamar-mos o inspector e se caso não esteja tudo correctamente feito, será que ele leva os 25€, e nos vai dizer "venho daqui a uma semana ver se está tudo em condições, se não já sabem, mais 25€".
Não brinquem connosco e sejam honestos.
Eu posso, quero e tenho esse direito se ser louco e se me apetecer fazer uma instalação mal feita posso faze-la e cabe á empresa zelar pela saude dos seus clientes e enviar sim um inspector mas que não cobre nada por isso, pois quem tem interesse que tudo esteja em condições é a empresa.
Mas mais uma vez nos fazem a nós consumidores, sentirmo-nos na obrigação de pagar um serviço que deveria ser suportado pela empresa e é se quisermos ter gás natural!
Vitó

Será motivo de contentamento?

Cientistas descobrem que sêmen age como antidepressivo

"O trabalho comparou o humor de mulheres cujos parceiros usam preservativos com o de companheiras de homens que não usam. O resultado comprovou que as mulheres diretamente expostas ao esperma são menos deprimidas.
Segundo os pesquisadores, a única explicação plausível é fato de o sêmen conter hormônios ligados à alteração de humor, que são absorvidos pela vagina durante o ato sexual."
Cheer up ladies!
Vitó
Mais informaçoes em "http://www.uol.com.br/saude/ultnot/ult111u952.shl".

Babs, não estás sozinha ;)

O índice de felicidade dos portugueses está abaixo de países como China (ditadura comunista), Colômbia (paraíso de guerrilhas), Argentina (bancarrota peronista), Brasil (violência urbana), Nigéria (fome) ou Coreia do Sul (ditadura do trabalho). À nossa frente, isto é, mais ricos e mais felizes, está o resto da Europa comunitária, Islândia, Noruega, Nova Zelândia, Japão e Estados Unidos. Li isto na última Exame que foi repescar dados de 2000, ano de crescimento económico e euforia guterrista.
Rui

Inversão

Confesso que estou bastante enfastiada. Confesso que por momentos desejei bater à porta da casa do arrependimento; por momentos desejei nunca ter vislumbrado aquele doidivanas de camisa aos quadrados ( ainda não apurei em que quadrante da dicotomia bem/mal se encontra) que já faz parte do nosso quotidiano.
Será que se a solidariedade fosse galardoada com benefícios fiscais, bilhetes para concertos ou cinema, vales de compras em estabelecimentos comercias, pontos para combustível ou outros quaisquer bens materias, perderia o carácter exótico que lhe atribuem para passar a ser considerada como aquilo que realmente é?! A solidariedade não danifica quem a pratica, mas engrandece; não queima, mas aquece a alma; não corroi, pois constrói laços entre os homens; é tão só "pão para a boca" de todo o Homem que lucidamente vive em sociedade.

Babs

P.S.: Também anseio por um próximo post mais entusiástico.

Por detrás de um escuteiro há sempre um...

Os meninos da Estrela são todos bem, andam nos escuteiros e aos domingos vão todos em grupo à missa. Têm uma linguagem própria e códigos que nem sempre são de fácil acesso. Estranhamente, nas universidades portuguesas ninguém se dedica a estudar as várias formas de falar neste país. Só na região de Lisboa é possível encontrar várias diferenças entre, por exemplo, Cascais e a margem sul ou, mesmo dentro de Lisboa, o bairro de Alfama e as avenidas novas. Nos Estados Unidos, para variar, a postura dos linguistas é totalmente diferente. O spanglish, uma coisa que está a emergir junto da comunidade latina que vive nos EUA e que resulta de uma fusão entre o inglês e o espanhol, está a ser estudada em várias universidades. Para se ter uma ideia deste fenómeno, o D. Quixote já está traduzido para spanglish. Aqui segue uma amostra: “In un placete de la Mancha of which nombre no quiero remembrearme, vivía, not so long ago, uno de esos gentlemen who always tienen una lanza in the rack, una buckler antigua, a skinny caballo y un grayhound para el chase”. Ou como se diria na Estrela “Numã mansão ali quem vai pró IKEA, vivia...”
Rui

Estrangeiro

Quem é o Luís?! Ninguém me disse nada...
Paro para pensar. Identifico a causa do distúrbio: o Rui.
Está convocada uma reunião de emergência.

Babs

P.S.: Não é nada pessoal, mas detesto viver na ignorância em relação ao que se passa na minha casa!!!

Morosidade e Polí­tica

Uma alienação mental que nunca mais acaba. Todos os prazeres da vida deviam ser assim: excessivamente prolongados, passíveis de um deleite demorado e voluptuoso, cuja fórmula dilatória só teria como única variável a nossa devoção .

Apesar da notória ausência de volúpia, foi em este reino emotivo que me encontrei no sucedido fim-de-semana. Fui rainha da cozinha e do meu "quarto 2" ( desejo veemente que a aplicação desta insípida terminologia não dure mais do que o tempo que a EDP leva para instalar o bem essencial que onerosamente fornece). E por falar em EDP... A sucessão de factos que preenche o mosaico da nossa estrelar mudança tem vindo a afirmar-se como pedra preciosa do manto da necessária aprendizagem sobre a minha condição enquanto utente portuguesa. É certo que o torturante caminho a percorrer por um utente deixou de o ser graças à existência daquilo que constitui o único legado positivo do principado guterrista, vulgo "Loja do Cidadão ".O problema é que o grau de eficiência do atendimento nem sempre apresenta correspondência quando toca à materialização da resposta ao nosso pedido. Ressalva feita à EPAL que conseguiu o que há muito ninguém consegue: maravilhar-me! Por sua vez, e antes que mergulhasse nos lençois da utopia de quem vive em um Estado onde TUDO funciona segundo critérios de razoabilidade e sensatez, a EDP apresentou-se inconvenientemente rígida, eufemisticamente escrevendo, pois a prestação dos seus serviços considera tudo aquilo que só uma empresa monopolista dar-se-ia ao luxo de atender em pleno século XXI: o pedido tem de ser efectuado com 24h de antecedência, sujeito ao período das 09h ás 16h ( pasmem-se!), distinguindo para o efeito entre dias úteis e não úteis... Em termos praticos efectua-se um contrato com a EDP numa sexta-feira, por volta das 19h, para ser possível assistir ao telejornal das 20h na terça-feira seguinte!!! Paí­s moderno...
Bastante demodé constitui também aquilo que o Rui decide partilhar no texto precedente: a sua opinião, tão politizada quanto a nomeação por si criticada. Sabemos, e tu também Rui, que na sociedade hodierna todo o produto fabricado tem por base as já existentes necessidades do público , isto é, os produtos são concebidos à imagem do público a que se destinam. Agora se o "DN está adormecido nos últimos anos, apresenta más fotografias, textos sem sabor, suplementos que não passam de incrementos de papel e uma linha editorial colada à estratégia do Governo", isso é outra história. O problema reside nos seus leitores: cinzentos e desprovidos de capacidade critica. É esta a ilação que tiro depois de consumir o teu texto. Eu não consumo o DN, mas consumo o Povo Livre e o Público.Conexões?! Talvez as existentes entre o meio profissional a que pertences, as tuas legítimas convicções polí­ticas e o texto em apreço por ti produzido...
Babs

Intercâmbio

(Post com publicação simultânea no Na Tua Casa Ou Na Minha e no Doutubro)

Bifes do lombo de porco do El Corte Inglés com Arroz Basmati

Foi esta a ementa do meu jantar de domingo. As minhas mãos cheiravam a lixívia, mas pelo menos o cabelo estava isento de amoníaco. Passei a tarde a descobrir as entranhas de uma casa de banho de um ex-toxicodependente. Afinal o ex-inquilino da casa da Estrela tinha ligações ao sub-mundo colombiano. Encontrei dentro do armário da casa de banho um isqueiro e uma seringa, provas inequívocas da ligação ao mundo da droga. Ainda deparei com uns preservativos cuja data de validade tinha terminado em 1994, ano em que Lisboa foi Capital Europeia da Cultura e Cavaco Silva era ainda primeiro-ministro. Em 1994, andava no 12º ano e nem passava pela minha cabeça vir viver para Lisboa. Nova Iorque e Berlim eram as primeiras opções. No final da tarde, apercebi-me que a porta da varanda do meu quarto está a poucos metros da janela da casa de um louco de camisa aos quadrados. De certeza que vai haver mais desenvolvimentos sobre este assunto dentro de dias. O jantar foi preparado pelo Luís. Obrigado,
Rui


Um bom Fim-de-Semana

Finalmente convenci alguém a ir ver comigo o filme Abaixo o Amor, com a Renné Zellweger e o Ewan McGregor, sem comentários. Este fim-de-semana foi de borgas. Sexta na Expo, apesar de não ter colocado os pés naqueles barracões horríveis onde a música fere os tímpanos aos mortos. Eu, uns colegas, umas colegas e alguns respectivos fomos comemorar a noite das bruxas. Fiquei-me só pelo jantar num restaurante dito alentejano, onde os empregados “alentejanos” tinham uma pronúncia estranhíssima. Aliás uma noite como outra qualquer sem nenhum interesse. Sábado os anos do Pedrinho da Joana, comemorados também num restaurante alentejano, este na Casa do Alentejo, onde segundo soube já se comeu melhor e os empregados podiam ser mais profissionais. O resto da noite foi com a Sónia e três personagens assustadoramente simpáticas e divertidas vindas directamente de Itália. O domingo foi passado a curar uma dor de cabeça no maravilhoso mundo consumista do El Corte Inglés. O jantar não estava nada de especial, o lombo de porco foi grelhado e o arroz nem demorou 10 minutos a cozer. Sei perfeitamente que cozinho bem melhor, modéstia à parte, claro. Ciao,
Luís. (rapaz do Doutubro)