Nada para fazer e Cinestesia

Este fim de semana fiquei a saber que sou uma pessoa cinestésica. Isto significa que dou muito valor ao que sinto, ao que estou a sentir na altura, aos instintos que tenho, às ideias que formulo, etc etc etc. Os outros dois tipos de pessoas são as auditivas e as visuais, estas são em maioria na nossa sociedade. Eu sou cinestésico e bastante cinestésico, algo que já sabia por saber como sou mas não por saber a definição da coisas. Fiquei contente por um teste concretizar a ideia precisa de como sou na minha abordagem das coisas.

Sem ter ainda lido muito sobre o assunto, a ideia base é que dou valor ao que sinto e não ao que vejo ou ao que ouço. E o quão verdade isso é, em relação a tudo.

Formulo maioria das minhas posições com base em sentimentos que tenho imediatamente, pequenos pormenores que me indicam quase sempre com sucesso como é que são as pessoas ou empregadores ou outras coisas. Por norma não me engano muito, se bem que isso já tenha acontecido e tenha sido forçado a passar da cinestesia para uma abordagem mais visual e/ou auditiva. Mas sem dúvida que a cinestesia é a principal fonte de formulação de ideias, bastante vincadas.

E isso é facilmente explicável e facilmente visivel para quem me conhece (ainda que este ponto seja lixado porque não assim tanta gente que me conheça bem, lá está. São mais auditivos e visuais e formulam ideias com base no que vêm ou ouvem e não no que sentem. Sendo assim, como não sou muito de mostrar os meus sentimentos de forma clara então por norma associam-me a um tipo de pessoa que não sou rigorosamente eu. A saber, frio, insensível, distante and so on and so on, e até agradeço acho eu que me façam assim, mas a verdade é a que eu conheço e a que eu sei, e essa verdade é totalmente o oposto. Mas admito que esta percepção retorcida de como sou por parte dos outros, parte principalmente de mim. Mas não interessa muito também.), ia dizendo em cima que quem me conhece bem diria automaticamente, se lhes fosse perguntado e explicado o sentido das três opções faladas neste texto, que eu sou cinestésico, em relação ás pessoas.

Não ligo rigorosamente nada à aparência da pessoa, desde que as vibes emandas por ela me transmitam confiança, alegria, diversão, interesse, amor etç. São essas vibrações que capto e que processo imediatamente e que me fazem gostar ou não gostar de alguém imediatamente.

Ultimamente ando a pensar que sou um bocado, não sei definir tecnicamente numa palavra ou mais e nem sei se existirá um termo para este meu pensamento sobre a forma como sou, assim puxado para me apaixonar pelos defeitos que as pessoas que me interessam têm. É isso que me desperta o interesse, não quero saber de beleza (claro que tenho fasquias, mas neste aspecto elas não são rigorosamente nada elevadas), quero saber sim da pessoa e dos defeitos que ela tem. Não sei se será por viver rodeado de beleza, nas ruas, na publicidade, na televisão em todo o lado. Por onde quer que ande ou para onde quer que olhe, parece que tudo hoje em dia é belo. As mulheres são todas bonitas desde os 18 aos 40. A beleza, ainda que mascarada ou enfatizada por cosméticos, operações e roupas tornou-se hoje em dia quase banal. Todas são lindas de morrer e com um tom de pele bonito, e com um belo rabo e com umas mamas firmes e sem borbulhas, pelos e outras imperfeições mais que sempre fizeram parte do encanto do sexo oposto.

Eu por mim gosto de saber os defeitos delas (as minhas amigas e interesses) e as coias, não horríveis, mas menos bonitas que as distinguem da, hoje em dia banal beleza existente. Porque essa elas podem atingir quando quiserem, mas os defeitos esses estarão sempre e são com eles que teremos de lidar em casa num futuro próximo e são deles que teremos de gostar sempre e para sempre? :)

Bom dia

5 comentários:

Inês disse...

É um bom ponto de vista.
Temos mesmo, numa vida em conjunto que nos habituar aos defeitos da outra pessoa, conseguir conviver e aprender que esses defeitos não se sobreponham às qualidades. :)

Duro molusco disse...

Eu sou um bocado masoquista :p, ás vezes deixo que os defeitos se sobreponham às qualidades e até gosto de me massacrar porque é que a pessoa é assim e porque faz aquilo repetidamente. Intriga-me!

Mas tenho bem delineado o meu limite a partir do qual deixo de tentar compreender.

Mas gosto de uma pessoa com alguns defeitos para poder haver atrito :D

Anónimo disse...

Master, concordo -no geral-contigo. No particular, digo-te em particular. Os defeitos são altares de culto para mim, em mim e nos outros. Os defeitos não mentem. Escondem, mas não mentem. Como sabes, sou muito onanista nisto de olhar para os outros, ou seja, não é que me venha com voyeurismos, ou que isso me afague o umbigo, sou onanista na obsessão lúcida e programática de os entender e sentir as tais vibes de que falas. Ao analisarmos um defeito é simples concluir a raiz, e como esse defeito altera, condiciona e repercute comportamentos e atitudes na pessoa. Coisa que na virtude não se processa, até porque é o lado bom que nos embacia. Papar sem saber o ponto g é como dançar de cadeira de rodas. É possível mas não dá jeito.

Duro molusco disse...

Retiro também "Auto prazer" desta característica de observar os defeitos e chegar, como dizes, à raiz e ,como dizes também, assim perceber os porquês do que fazem e melhor que isso, compreender.

Partilho contigo tudo isso, mas começo a utilizar "uma forma de coito interrompido de maneira a evitar a fecundação" em vez da masturbação. :)

Ando também a aprender a fecundar óvulos de relações com base na compreensão que falei, obtendo alguns resultados positivos até agora.

Ando armado em bicho da seda!

Vamos beber café?

Erica Vargas disse...

Mas afinal o que é um defeito? Tudo é tão dual. A partir do momento em que que dizemos que tal coisa é um defeito passa a ser um julgamento. Lembre-se que esse defeito nada mais é do que um espelho para ti.
Onde fez o teste de cinestesia, estou querendo saber se sou e pelo que li osbre ti eu tbm sou. Abraços.