Informação "absolutamente útil" 1

A partir das 11 horas do dia de hoje está online o primeiro portal tematico deste Governo. Não fosse ele dedicado à "juventude" e eu não teria inserido este post.

juventude.gov.pt

Usem e abusem.

Babs

História de Natal 3

São cada vez menos os grupos de amigos que se juntam para cantar as Janeiras. Mas ainda há quem queira contrariar esta tendência. Com os cafés da cidade fechados durante o dia de Natal, o Chave de Ouro é dos poucos redutos onde os bracarenses, cansados da época e das respectivas famílias, encontram refúgio. Foi lá que quatro crianças, cujas idades somadas não deviam ultrapassar os 20 anos, propuseram cantar o “Gingobéu, gingobéu” à volta da minha mesa. Em vez das músicas que tornaram os pais das crianças do Coro de Santo Amaro de Oeiras em milionários, ouvi um:
“É Natal, é Natal,
Morrem criancinhas,
Violadas, violadas,
Nas suas casinhas!”
Depois, seguiu-se uma versão do ‘Asereré’, transformado em “Olhó Bibi”. Dei-lhes um euro e elas lá foram cantar para outra mesa. O sucesso foi tal que devem ter saído do café com dinheiro suficiente para tomarem uns copos juntas. Ou será que são demasiado novas para isso?
Rui

"Não tenho histórias de Natal"

Não tenho histórias de Natal. Estive praticamente em reclusão. Comi muito. Joguei muito Monopólio - o jogo que nunca acaba!!. Nunca estive sozinha ( a minha família nestas coisas é um pouco como os ciganos: volvidos alguns dias sobre o dia 25 e a casa continua cheia de gente e de comida. A minha mãe, com os seus típicos eufemismos, chama-lhe "conceito de família"- algo que diz que não tenho, o que é normal, pois a mãe é ela).
Confesso que estou cansada de tanta agitação, mas também sei que morrerei no dia em que algo mudar..
A minha "outra família" é menos "clássica, não exige nem censura. Tenho saudades do Rui e do Vitó.

Babs

"Rostos da minha alma"

Há dois dias aprendi que a nossa tristeza pode ter tantas moradas quanto os rostos que cada alma conseguir ter. Por ora, a minha alma tem dois: o rosto da minha mãe e o rosto do meu pai...

...Para que, pelo menos com os meus pais e da minha parte, a homenagem não seja filha do óbito.

P.S.: Se fosse rigorosa, falava em três rostos, mas como sempre preferi o optimismo, vou acreditar que o meu irmão ainda não conhece a morada dos sentimentos que nos dilaceram.

Babs

História de Natal 2

Já é quase hora da consoada e, acompanhado pela Sandra, dirijo-me à colina de Maximinos. O cónego Melo passa ao nosso lado, com passo apressado, enquanto deseja por telemóvel um bom Natal a algum autarca ou empreiteiro desta cidade. A Sandra, distraída, nem se apercebe. Quando a chamo à atenção, ainda grita:
.- Sacana!
- Cala-te, antes que ele nos ponha uma bomba em cima.- respondo.
Rui

História de Natal 1

È na rua do Souto, em Braga, que decorre uma nova tradição, a poucas horas da consoada. Já com as compras feitas, as já poucas pessoas que andam pelo centro da cidade juntam-se no Bananeiro. Para quem não sabe, este senhor é o dono de uma tasca, localizada mesmo ao lado da catedral, conhecida por vender…bananas, licor de medra e outras bebidas em garrafas saídas literalmente das Caldas. A montra do Bananeiro é de fazer corar os santinhos que estão à venda na loja ao lado. A nova tradição, sinal de que uma boa ideia tem sempre seguidores, consiste em beber um moscatel enquanto se come uma banana. Tendo em conta que a maioria das centenas de pessoas que se juntam no Bananeiro preferiam passar a noite com os amigos em vez das tias e dos primos que só se vêem uma vez por ano, o moscatel vai rolando. Os aderentes são cada vez mais e as centenas de pessoas que se juntam têm de ir para a rua por a conversa em dia, enquanto que grupos, aqui e ali, cantam músicas da época. De repente, o espírito de Natal dá lugar a um S. João antecipado. Fica já marcado o encontro para o próximo ano.
Rui

Feliz Natal

Espero nao destruir as conviccoes de alguns dos nossos visitantes mas sinto que esta na altura de deitar isto para fora.
Desde pequeno, nao sei se foi por ser sempre muito inteligente, o pai natal sempre me causou desconfianca e desde que me recordo o pai natal para mim sempre se chamou pai Eduardo, que e o meu pai, os meus pais bem tentaram que eu acreditasse mas acho que houve uma coisa que falhou, nao tinhamos chamine e o pai natal nao podia entrar pelo radiador electrico.
Hoje estou grato por nao ter chamine e por nunca ter acreditado nesse pretenso simbolo do natal, epoca legitima e correctamente associada a um dos marcos mais importantes da historia da humanidade, o nascimento de Cristo. E embora descrente nao ponho em causa a sua existencia e bem que traz a milhoes de pessoas por esse mundo fora. Obrigado Jesus por eles.
E pena que tenhas sido ultrapasado por essa figura mitica que e o pai natal. Pai natal esse que so existe como nos o conhecemos devido a mais famosa de todas as empresas, nao e a microsoft mas sim a Coca-Cola que criou o pai natal de hoje em dia. Aqui vai um apelo a todos os que ainda acreditam nessa figura. Acreditem no pai Eduardo, pai Elias, pai Joao, etc etc etc, é muito mais bonito pensarem que sao os vossos que sabem o que voces querem e que vos surpreendem sempre e continuamente.
Viva o natal!!!!
Em particular para os meus amigos e companheiros de casa que eu amo muito, desejo um natal fabuloso rodeado que quem gostam e que tudo corra bem. Um grande abraco e agradecimento por fazerem parte da minha vida, e a melhor prenda que me podem oferecer. Gosto de voces!
Beijos
Vitó

Circo Social

Anda tudo doido. Voltou "à baila" a discussão em torno da presente moldura penal da interrupção voluntária da gravidez (adianta designada por IVG).
Não tenho paciência para assistir a bailes demagógicos em torno de assuntos sociais em democracias que se consideram perfeitas por políticos considerados credíveis ou maduros ( vulgarmente apelidados de "seniores" no seio das respectivas organizações poí­ticas).Dizia uma amiga, e muito bem, que esta mania de alguns políticos em catalogar certos assuntos, geralmente os mais controversos, de " matérias do domí­nio da consciência individual de cada um" não é mais do que uma desresponsabilização daqueles a quem incumbe DECIDIR (em consequência da decisão dos cidadãos expressa na sua eleição por sufrágio directo e universal), mormente no domí­nio legislativo.
Alguém decidiu referendar aquela que foi a intervenção de Portugal na Guerra do Iraque?!E a reforma do sistema político, inclusive a questão da limitação dos mandatos políticos?! Claro que não! E muito bem! "Decide quem pode, meus amigos".
O resultado do último referendo sobre o assunto em epígrafe só teve uma consequência: a vitória do "status quo"; a vitória do aborto clandestino;a garantia de que a IVG continua(rá) a figurar como um problema de saúde pública em Portugal.
Onde é que estão e o que é que fizeram pelas mulheres e crianças portuguesas todas aquelas pessoas/Movimentos/ONG/Plataformas anti-despenalização da IVG nascidos na altura do tal referendo?! Eram tantos e tão activos e eu nunca mais ouvi falar neles...
Não vou alongar-me mais sobre isto. Não quero.
Termino a louvar a existência de todos aqueles cidadãos que têm a lucidez para perceber que não há lugar a crença religiosa ou cor política em (certos) assuntos sociais. Falo do Bispo do Porto e do meu amigo Pedro D., por exemplo.

Babs
Depois de a dita cuja atrasar a minha vida 4 preciosos anos, ingressei num curso onde ela me persegue todos os dias, a matematica, matemata-me todos os dias.
E assim que sofro, hoje em particular




Alguem me pode dizer porque e que escolhi estatistica e gestao de informacao para formacao pessoal. Alguem me pode dar uma maozinha, perninha, bracinho, maminha e indicar-me algum trabalho excelente e com remuneracao acima da media, sei la, do tipo viajar todas as semanas para as mais diversas ilhas do pacifico etc, para verificar se as palhotas que se venderam estao em excelentes condicoes de receber os turistas. porque nao comecar a fabricar palhotas. Sei la!
B31j05
Vito

"Sem comentários", fascismos e outros lápis azuis...

Vamos a mais um clássico : o comportamento humano e sua incoerência/ inconsciência/ estupidez (escolham o vocábulo em conformidade com as remissões mentais incitadas por este post).
No outro dia dei por mim a escutar as palavras proferidas por pessoas que se encontravam a opinar sobre "seara alheia"-comportamento democraticamente legí­timo-, nomeadamente sobre pessoa(s) que nem sequer conheciam- comportamento intelectualmente estúpido. Avaliavam (achavam elas, pois a avaliação requer, no mí­nimo, conhecimento detalhado do objecto sobre o qual se debruça), ou melhor, davam alvitres sobre atitudes de alguém cujo "eu" pura, simples e integralmente desconhecem. Mas o que releva e constitui a questão central deste meu post respeita à natureza dos comentários:depreciativos, pretensamente jocosos (nem sequer eram divertidos) e completamente superficiais. Superficiais porque limitavam-se a questões meramente formais. Superficiais porque desprovidos do conhecimento necessário a qualquer abordagem que se quer minimamente profunda e idónea. Em suma, superficiais porque opinavam sobre alguém que, não conhecendo, já consideram um ser superior, acima de qualquer um deles, ou seja, distinto.
A crí­tica desprovida de sátira não serve a ninguém e só minimiza quem a profere. Vamos lá poupar o próximo e voltar a usar os clássicos "Diários", se for caso disso, para expurgar aquilo que pensamos (desfavoravelmente) sobre alguém e que ao fim e ao cabo se apresenta desprovido de qualquer utilidade ou dignidade do conhecimento alheio.
Aquilo que nos faz bem ao ego nem sempre merece divulgação...

Babs

Informação absolutamente inútil 9



Sabine Hérold tem 22 anos, lidera a organização Liberté, j'écris ton nom e é linda. No futuro todos as líderes serão assim.
Fonte: Jaquinzinhos
Rui

Informação absolutamente inútil 8



Vendo fogão, com forno, em óptimo estado de conservação (20 anos de existência mas tratado como um filho por uma mãe dedicada). Preço: 100 euros, negociável. Imagem meramente ilustrativa do objecto colocado para venda. Contacto: 91 4301644

Rui

Não há por aí ninguém que me dê uma boleia até ao Ikea mais próximo?



Enquanto não se democratiza em Portugal o conceito de casa Ikea, design contemporâneo a preço popular, temos de levar com as casas Habitat. São casas habitadas por meninos design, com colecções completas de Wallpapers, Nylon, Frame e Neo2 colocadas por ordem em estantes minimalistas, um plasma a um canto, sofás pretos sem apoio para as costas, códigos de barras gigantes que na verdade são tapetes, estrelas metalizadas que são árvores de Natal, serviços de chá brancos e finos e música electrónica a servir de ambiente musical. Ah! A luz é sempre indirecta. O interessante é que só em Portugal é que isso acontece. No resto da Europa, a Habitat é uma loja tipo Moviflor mas com um design mais elaborado. Em cidades como Berlim ou Barcelona, as casas mais interessantes são montadas a partir de objectos recolhidos nas ruas, nos mercados e nas lojas de artigos em segunda mão. A decoração sai directamente da imaginação e da improvisação de quem a vai usufruir. Aqui, como vivemos todos bem e temos muito dinheiro para gastar, essas alternativas não existem.
Rui

Informação absolutamente inútil 7

Dentro de muitos anos, quando eu, a Babs e o Vitó tivermos gás instalado em casa, uma parede a dividir uma certa assoalhada e a zona chill out montada, vamos por online uma página como esta.

Rui

Nomes que se esquecem



Há dois anos atrás tive a oportunidade de passar férias na Turquia. Desembarquei no aeroporto de Istambul por volta das 23h30 com uma mochila às costas e o Lonely Planet Turkey debaixo do braço. A cidade era-me estranha e, como não gosto de comprar viagens que os outros organizaram para mim nem de reservar quartos em hotéis com antecedência, optei por passar essa noite no aeroporto até que amanhecesse. Só aí é que apanharia um autocarro para a cidade, numa viagem que se estenderia por duas semanas. Estava à espera de um país muçulmano e descobri um país com a cabeça na Europa e os pés na Ásia. Uma Europa que não parecia, mas que o queria ser. À data, a crise económica ia desvalorizando diariamente a moeda do país, ou seja, para um european union citizen os preços ficavam cada vez mais baixos. Os turcos é que iam ficando por cada vez mais pobres. Às vezes lembro-me de Istambul, metrópole caótica, poluída e monumental, de Kas, a vila dos barcos, da aldeia de pedra e terra virada para o Mediterrâneo onde passei uma noite e à qual só se tem acesso através de barco, de Konya, capital do país conservador, de Bursa e dos hotéis dos banhos turcos e das massagens, das cidades subterrâneas na Capadócia, albergue para milhares de cristãos perseguidos, das casas escavadas na terra, das casas nas árvores com vista para o mar e, claro, da bellydance e do Tarkan em discotecas manhosas. Entre cidades fui conhecendo pessoas, umas mais interessantes do que outras, que me explicaram que país era aquele. Desde a criança engraxadora de sapatos que era espancada na esquadra por ser curda, ao vendedor de tapetes que me ofereceu estadia na casa dele durante três dias. Foram estas e outras as pessoas a quem prometi enviar as fotos que retratavam os nossos encontros casuais de viagem. Prometi mas não cumpri. Agora que soube que a al-Qaeda atacou em Istambul, pergunto-me como é que elas estarão e arrependo-me de não ter retribuído minimamente aquela generosidade genuína. Já nem sei os nomes deles. Esqueci-me. Cruzámo-nos com pessoas pequenas que depois não largamos e com pessoas grandes que pomos a um canto. Com 26 pessoas mortas num atentado em Istambul, apercebo-me que nunca se deve prometer o que, por preguiça, não se vai cumprir.

Rui

Sistemas

Nem mais: a falibilidade é uma característica inalienável de todo e qualquer sistema - não fossem eles concebidos pelo Homem.
Pode ser, e dando um salto à conversa de ontem na nossa outra casa que - por aplicação analógica - admitas também a tão por ti contestada falibilidade do sistema educativo... Ou será necessário seres seu "doutor"?!

Babs

Incumbências, tarefas e mais tarefas

A partida a mudança de casa parece uma coisa simples de fazer. Assinar o contrato, esperar pelo dia 1 do mês e mudar-se. Mas a casa não está mobilada, há apêndices da anterior existência que ficam sempre pendentes, à espera de resolução.
Os apêndices finalmente são removidos e tudo parece estar bem com o paciente, agora designado por casa. No entanto ela continua com dores, dores fisicas que precisam de ser trabalhadas, há um doutor e dois enfermeiros. A parte logistica fica a cargo do doutor enquanto que quem muda os pensos do paciente são os enfermeiros.
Não quero com isto criticar ou condenar o "nosso" sistema de saúde, quero apenas dizer que como em todos os sistemas, a infalibilidade não existe e o que penso que torna a vivência bonita é mesmo isso as pequenas falhas, as demoras, os contratempos, as mudanças de direcção e de ideias. Penso sim que o que faz com que as conversas sejam acerca dos blogs, da net, de tudo menos o que interessa seja, a consciência de todos os 3 que falta fazer ainda não muita, mas alguma coisa e a incapacidade de todos de levar essas faltas com naturalidade e começar a viver no paraíso que temos. A perfeição é inantigivel e temos de a ver assim.
Claro que haverá sempre alguém a dizer que quanto mais nos esforçarmos mais perto estaremos dela, mas nunca nos podemos esquecer do paciente que continua com dores, menos mas ainda preocupantes e deixar que o bisturi ou a tesoura cirurgica fora de sitio passem á frente do bem estar do mesmo.
Óbvio que os doutores e enfermeiros têm a sua vida e não se pode quantificar quem tem a vida mais dificil, sobrecarregada etç. É preciso é que se compreenda que cada um trata do paciente o melhor que pode e que não se pode estar continuamente a tratar do que se fez, quem fez e como se fez.
O paciente está quase bom, depressa ou devagar ele não está moribundo está, antes sim, a recompor-se e quando estiver curado vai dar uma prenda aos três sem olhar a incumbências tarefas e mais tarefas.
Com amor
Vitó

Rui, tens razão!

O Rui tem razão, os blogs (e demais formas impessoais de comunicação) constituem quase que a forma privilegiada, ou comum, da comunicação hodierna entre o ser humano, e pior, entre os amigos.
Acontece isso entre mim, o Rui e o Vitó: chegamos a casa, perguntamos uns aos outros se leram o ultimo post e as restantes conversas resumem-se à distribuição das tarefas domésticas que necessitam de ser cumpridas. Não creio, lá no fundo, que esta realidade tenha como causa exclusiva a pobre existência do "natuacasaounaminha", como também não acredito na perpetuação deste estado "das coisas ou das pessoas" lá para os lados de S. Bernardo.
Sei, pelo menos, que esta tomada de conhecimento desta importuna realidade já é suficiente para que, p.ex., logo à noite volte a questionar a permanência das garrafas de cerveja do Vitó na cozinha ou do saco do Rui no chão da sala, concedendo-lhes a oportunidade directa e imediata de me mandarem para onde bem entenderem. Mas não é isso que interessa. Importa sim comunicar e "escutar" as palavras que só os olhos são capazes de murmurar e que tantas vezes ficam retidas ou são filtradas pelos teclados...

Babs

Não sei não

Sábado à noite. Encontro-me com L e vejo o M . No dia anterior tinha sido a vez de dar de caras com o I no cinema. À uma da manhã o A, que está a viver com a B, que por sua vez é amiga da Z, vem ter connosco.


O incómodo dos blogs é que algumas conversas casuais entre amigos são substituídas por esta leitura do quotidiano e frases como 'já te disse ou leste no blog?' começam a ser ditas com uma frequência preocupante.

Rui

Informação absolutamente inútil 6

Depois da inacreditável entrevista que Manuela Moura Guedes deu ao DN, só nos resta assinar a petição Tenham Piedade.

Rui