"Sem comentários", fascismos e outros lápis azuis...

Vamos a mais um clássico : o comportamento humano e sua incoerência/ inconsciência/ estupidez (escolham o vocábulo em conformidade com as remissões mentais incitadas por este post).
No outro dia dei por mim a escutar as palavras proferidas por pessoas que se encontravam a opinar sobre "seara alheia"-comportamento democraticamente legí­timo-, nomeadamente sobre pessoa(s) que nem sequer conheciam- comportamento intelectualmente estúpido. Avaliavam (achavam elas, pois a avaliação requer, no mí­nimo, conhecimento detalhado do objecto sobre o qual se debruça), ou melhor, davam alvitres sobre atitudes de alguém cujo "eu" pura, simples e integralmente desconhecem. Mas o que releva e constitui a questão central deste meu post respeita à natureza dos comentários:depreciativos, pretensamente jocosos (nem sequer eram divertidos) e completamente superficiais. Superficiais porque limitavam-se a questões meramente formais. Superficiais porque desprovidos do conhecimento necessário a qualquer abordagem que se quer minimamente profunda e idónea. Em suma, superficiais porque opinavam sobre alguém que, não conhecendo, já consideram um ser superior, acima de qualquer um deles, ou seja, distinto.
A crí­tica desprovida de sátira não serve a ninguém e só minimiza quem a profere. Vamos lá poupar o próximo e voltar a usar os clássicos "Diários", se for caso disso, para expurgar aquilo que pensamos (desfavoravelmente) sobre alguém e que ao fim e ao cabo se apresenta desprovido de qualquer utilidade ou dignidade do conhecimento alheio.
Aquilo que nos faz bem ao ego nem sempre merece divulgação...

Babs

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