Medo

O medo não é de que me assustes o medo é de que te assustes. Assustado estou eu desde que te deixei. Assustado com isto que, entretanto já sei definir. Escreve-mo-lo entretanto. O medo é que o escrevamos apenas. Esse é que é o meu medo. No entanto sei que não vai ser assim.
Sei-o porque tenho este dom que sente o que é bom. E tu és bom, és muito bom.

Compreendo que tenhas medo, bem mais medo que eu. Pois o meu medo é muito pequeno comparado com o teu. O teu envolve mais coisas, muitas coisas, coisas demais. Compreendo que o teu medo seja maior e mais complexo, que signifique perceberes mesmo muito bem tudo e todas essas coisas.

Penso que as tenhas pensadas. Que algumas delas já as tivesses pensadas antes de estares assustada. Compreendo também que agora que algumas delas podem ser realizadas isso também te assuste. A mudança é sempre algo assustador e causador de medo. Sei que já tenhas pensado muito nisso e que em pensamento isso fosse fácil fazer. Agora confrontada com isso de frente compreendo que te assustes mesmo.

Não te assustes mais com aquilo que pensas que me assusta pois isso não acontecerá

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