Contra mim na cidade pequena

Hoje acordei em Lisboa, na minha casa. Adoro acordar naquela casa sem ninguém, levantar-me directamente da cama para o sofá cumprir o ritual clássico da casa só para mim. Continuar a dormir acordado deitado no sofá, e acordar o mais lentamente possível para a vida. Hoje apetecia-me em particular não pensar em fazer nada até ter mesmo de me levantar quando o café começa a faltar na corrente sanguínea. Hoje não seria excepção não fosse eu dos gajos mais esquecidos que conheço.

Faz hoje precisamente uma semana, a minha melhor e mais antiga amiga veio a Portugal, a Catarina, esse manancial de amizade e mais coisas que eu realmente gosto. Fomos comer um italiano, bastante mal confeccionado, que serviu para pormos em dia várias conversas pendentes e falarmos sobre tudo e mais alguma coisa. Depois fomos ao Lounge, bar que frequentamos há já alguns anos e que se mantém fiel e igual ao que sempre foi, algo que me agrada bastante, foi lá ler o Kinich e uma colega. Queriam ir ao Lux, eu queria ir ao Incógnito, ganhou a maioria e acabámos por ir ao já rotineiro Lux. Whatever, a companhia é boa, o sítio é secundário.

Obviamente como já sa´biam os envolvidos, entrar no Lux implica sair de lá quando acabar, já de manhã, e muitas das vezes ficar a cambalear cá fora na conversa com qualquer personagem que aguente até essa hora lá dentro. Ou não cambalear e optar mesmo por sentar num estacionamento à porta a oferecer Benetussin a quem quer que se meta conosco. Sei lá, pode acontecer nunca se sabe.

Acontece que devido a este desenrolar da noite, mais ou menos clássico nos últimos tempos, retire-se-lhe o lux e inclua-se o musicbox e o Europa (na rua do putedo - rua nova do carvalho, como li agora num fórum qualquer enquanto pesquisava para saber se tinham o link para colar na palavra, e com a qual discordo plenamente, eu prefiro chamar-lhe o red district de Lisboa e que peca por não se estender por bastante mais comprimento e estabelecimentos decadentes), cheguei a casa cedíssimo quase à hora da missa. Não fui à missa! Ainda por cima não servem gin nem merendas mistas aquando de provar e beber do corpo do senhor.

Acordo incrivelmente bem, essas 3 da tarde, mes mesmo bem disposto, ligeirmanete cansado porque esta época natalícia e festiva foi demasiado festiva para a minha capacidade muscular, no entanto impecável, apenas um senão. Tinha 27 chamadas não atendidas da minha mãe no telefone, com quem tinha combinado à 1:30 da tarde em Santarém para almoçar e trocar de carro com o meu irmão. Acho que o almoço estava bom, pelo menos recebi feedback nesse sentido. Escusado será dizer que não compareci.

Por esse motivo, não pude hoje disfrutar da minha casa sozinha, cumprindo o ritual em cima descrito e que tanto me apraz. Eventualmente poderia ter convidado algum elemento do lado feminino para jantar, eventualmente teria iso ao cinema, eventualmente poderia ter ido ver algum excerto musical em algum sítio decente e bom, eventualmente poderia ter opções de saída. Sendo assim, fiz 150 quilómetros com um nevoeiro do outro mundo, estou na cidade pequena sentado no sofá verde, mas já tenho que fazer, e sempre que na cidade peuqena se põe o pé fora de casa, tudo pode acontecer, e sempre que acontece nunca é positivo para o corpo. E eu que preciso tanto de descansar. Zzzzt let's go!

As noites com a Catarina valem todos estes sacríficios, em particular quando não a vejo durante meses a fio.

1 comentários:

Anónimo disse...

sei k isto era suposto deixar um comentario todo coiso e tal mas lembreime k kd tive ai fikaste com o carro preso na lux pk nao encontravas o cartao... :)