Up-side-down

E se todas as convenções, relativamente a sobre como me apaixonar, fossem de repente subvertidas? Estou eu preparado para aguentar esta subversão das regras? Sei que por norma sou eu que tenho ideias subversivas e altamente polémicas, defendidas contra tudo e todos. Sei que sou eu que vou contra o instítuido, contra as regras e os regrados, mas porra. Ser apanhado assim de surpresa. Assim do nada, hoje de manhã tive tal pulsão de pensamentos por ela, que me vi obrigado a lhe dizer alguma coisa. Não fui capaz apenas de pensar, tal forte a pulsão, tal forte o pensamento, tal forte a sensação e sentimento. Escrevi-lhe, não tudo o que quis nem o que pensei. Apenas o suficiente para descompressar até um nível aceitável e racional. Normalmente quando tenho estas pulsões de pensamentos consigo-os guardar e interiorizar, hoje não. Abri-me a mim próprio com uma facilidade que até lá não pensei ser possível, enchi tanto que tive de libertar e hoje libertei em letras para quem de direito devia. Para quem me fez sentir o que não senti há muito, tal intensidade que me extravazou. Se estou preparado para conseguir ultrapassar as barreiras existentes?

Não sei. Desde que nos vamos vendo por aí, só os dois sozinhos, já me dou por satisfeito.

E digo mais... (um dia destes)

Cool things 1

Berbershop



Enviaram-me esta experiência por mail. Adorei. Hoje fechei os olhos 3 vezes para ouvir isto 3 vezes. E quase que jurava que da última vez, o barbeiro fez-me um corte na orelha.

Não sei bem o que é. Sei que a técnica se chama Binaural Recording, e proporciona sensações de estar no sítio como nunca senti com uns headphones. Neste caso, estás sentado(a) numa cadeira de um barbeiro ou cabeleireiro (pela vozinha fininha do cabeleireiro diria que é um cabeleireiro e não um barbeiro, whatever.

É muito simples, ponham os headphones, com colunas não funciona, e fechem os olhos. Vão ter uma experiência muito fixe, mas cuidado porque o cabeleireiro pode-vos dar um cortezinho na orelha.

Try it out


Some few words

Não sei se será por ter a formação que tenho, puramente matemática e exacta sem grandes margens de erro e/ou espaços para inventar muita coisa. Eventualmente posso descobrir alguma coisa que já existe no programa onde trabalho, que já existe mas que nunca ninguém implementou e/ou descobriu, mas ela já existia. Não sou um developer sou um funcional, trabalho com o que existe mediante os requisitos de quem quer implementar a solução. Não sei se será por isto ou por simplesmente ter uma capacidade enorme de racionalização das coisas que consigo ultrapassar situações mais ou menos complicadas sem grande transtorno para mim. Elas acontecem e pronto, e se não há nada a fazer não há nada a fazer. Apenas continuar em frente, e de preferência com o mesmo sorriso de sempre.

Confrontado com a minha, ainda actual situação de solteiro, e com uma grande amiga a viver comigo, vulgo ex-namorada, que neste momento é ainda um pouco ainda mais amiga do que já era anteriormente porque acabaram-se as tensões clássicas de relacionamentos, tensões sexuais, sentimentos de pertença, sentimentos de posse, ciumeiras e outras merdas mais que causam alguns transtorno, que confesso sempre gostei de passar por eles e ultrapassar os mesmos, afinal de contas uma relação é isso mesmo, um organismo vivo, que precisa de muita dedicação para dar certo. no entanto o que é certo é que a relação acabou.

Acabou e desde o dia fatídico, conhecendo a pessoa como conheço percebi que, eventualmente seria irreversível, o que me ajudou em grande parte a ultrapassar a situação de uma forma mais ou menos pacífica e relativamente rápida. Tenho, neste momento o coração curado, bem como um sentimento de que ganhei de novo algumas coisas que se perdem com o adiantar das relações, vulgas conversas de atracção por outras pessoa até então proibidissimas devido às vivicissitudes da relação.

Assim sendo considero, apesar de gostar de ter continuado a "namorar" com a rapariga porque sim (eventulamente um dia destes poderei escrever este "porque sim", que ganhei uma melhor amiga mais aberta em relação a tudo. Saíu-lhe de cima o peso dessa palvra morceguíssima que é a"namorada" que turva tanta coisa que não deveria turvar, mas que turva pronto. É assim que acontece, não há muita volta a dar. Tendo estes três pontos assentes, 1º ela deixou-me com argumentos válidos que percebi automaticamente, que concerdei com eles e que já me tinham passado pela cabeça várias vezes, 2º a nossa relação de amizade agora é maior, mais cúmplice, mais franca e mais aberta e 3º sou um ser racional, demasiadamente diria, e percebo claramente quando as coisas precisam de terminar e porque é que terminam.

Tendo estes 3 pontos assentes respondo a uma amiga minha, que questiona o meu amor, atracção física, etç etç etç que eu sentia pela pessoa, vulgo ex-namorada, mesmo antes de ter terminado tudo. Diz ela que por morar na mesma casa com ela, por vezes dormirmos juntos na mesma cama, vulgo única pois o apartamento tem uma sala uma kitchenet e um quarto e uma casa de banho (é tão lindo), não compreende a minha amiga como é possível eu não sentir atracção física pela pessoa, e como tal não acha possível que eu gostasse dela anteriormente. Fará isto sentido? Claro que não! A partir do momento que interiorizei que esta ruptura iria ser definitiva, que interiorizei também o facto de ter de respeitar a pessoa e não a massacrar com tentativas de reatamento baratas e estúpidas tão clássicas nos rompimentos também clássicos.

Tenho esta postura que considero respeitosa, e que é a minha em relação às pessoas em geral. Tenho respeito pelos outros, claro que falho de vez em quando, e em particular por esta pessoa o meu respeito é total. A minha atracção por ela deixou de ser relacionada com vontades físicas e necessárias numa relação para uma atracção normal entre um homem e uma mulher, mas tendo em mente o nosso passado não posso nem quero nem sinto muito essa atracção, até porque há mulheres bem mais giras para quem posso direccionar essa minha característica masculina que é pensar cerca de 50% do tempo, fora do trabalho, em sexo.

Sendo assim tenho de lhe responder que é claro que quando se namora as expectativas futuras são muito diferentes das perspectivas futuras quando não se namora. E se algum tempo antes de a pessoa ter terminado, vulgo ex-namorada, tinha essas expectativas de construir uma coisa a dois com amor e carinhoe sexo e amizade e mais coisas, a partir do momento que compreendo o porquê da separação essa vontade deixa de ser legítima porque seria unilateral. E estar a forçar uma coisa que se sabe à partida que não vai dar, nunca deu resultado. Como ela bem sabe, ou se não sabe vai ficar a saber em breve, espero eu. Porque sim (qualquer dia escrevo o porquê deste "porque sim"), porque se calhar gostava que fosse ela a minha próxima princesa.

Porquê? Sinceramente não faço a puta da mínima ideia E é isso que me apaixona.

Processem-me

Ensaio sobre porquê gostar e não o saberem receber

(Ainda nem sei se o título deste post será este. Para já fica assim, e é destinado às pessoas que não o merecem... Weird)

Again as letras musicais, ou apenas a vontade estar noutro sítio

I speak with her everyday, everynight
She's far away, completely out of sight
Imagination can't smell, taste or see.
Even that i climb the tallest tree.
I don't know her yet
I don't know if i ever will
You're far away, completely out of sight
Am i blinded by the light?

Something tells me my feelings are true
Will you come to me?
I know you do
Will i wait for you?
Let's wait and see.

Everyday and everynight, i wonder...
Who is she?


Qualquer dia componho algo sem ser tipo Jay Jay Johanson desgostos e mulheres, e escrevo tipo Cake sobre mulheres e carros. Se ao menos gostasse de carros...
Have a nice weekend

Contra mim na cidade pequena

Hoje acordei em Lisboa, na minha casa. Adoro acordar naquela casa sem ninguém, levantar-me directamente da cama para o sofá cumprir o ritual clássico da casa só para mim. Continuar a dormir acordado deitado no sofá, e acordar o mais lentamente possível para a vida. Hoje apetecia-me em particular não pensar em fazer nada até ter mesmo de me levantar quando o café começa a faltar na corrente sanguínea. Hoje não seria excepção não fosse eu dos gajos mais esquecidos que conheço.

Faz hoje precisamente uma semana, a minha melhor e mais antiga amiga veio a Portugal, a Catarina, esse manancial de amizade e mais coisas que eu realmente gosto. Fomos comer um italiano, bastante mal confeccionado, que serviu para pormos em dia várias conversas pendentes e falarmos sobre tudo e mais alguma coisa. Depois fomos ao Lounge, bar que frequentamos há já alguns anos e que se mantém fiel e igual ao que sempre foi, algo que me agrada bastante, foi lá ler o Kinich e uma colega. Queriam ir ao Lux, eu queria ir ao Incógnito, ganhou a maioria e acabámos por ir ao já rotineiro Lux. Whatever, a companhia é boa, o sítio é secundário.

Obviamente como já sa´biam os envolvidos, entrar no Lux implica sair de lá quando acabar, já de manhã, e muitas das vezes ficar a cambalear cá fora na conversa com qualquer personagem que aguente até essa hora lá dentro. Ou não cambalear e optar mesmo por sentar num estacionamento à porta a oferecer Benetussin a quem quer que se meta conosco. Sei lá, pode acontecer nunca se sabe.

Acontece que devido a este desenrolar da noite, mais ou menos clássico nos últimos tempos, retire-se-lhe o lux e inclua-se o musicbox e o Europa (na rua do putedo - rua nova do carvalho, como li agora num fórum qualquer enquanto pesquisava para saber se tinham o link para colar na palavra, e com a qual discordo plenamente, eu prefiro chamar-lhe o red district de Lisboa e que peca por não se estender por bastante mais comprimento e estabelecimentos decadentes), cheguei a casa cedíssimo quase à hora da missa. Não fui à missa! Ainda por cima não servem gin nem merendas mistas aquando de provar e beber do corpo do senhor.

Acordo incrivelmente bem, essas 3 da tarde, mes mesmo bem disposto, ligeirmanete cansado porque esta época natalícia e festiva foi demasiado festiva para a minha capacidade muscular, no entanto impecável, apenas um senão. Tinha 27 chamadas não atendidas da minha mãe no telefone, com quem tinha combinado à 1:30 da tarde em Santarém para almoçar e trocar de carro com o meu irmão. Acho que o almoço estava bom, pelo menos recebi feedback nesse sentido. Escusado será dizer que não compareci.

Por esse motivo, não pude hoje disfrutar da minha casa sozinha, cumprindo o ritual em cima descrito e que tanto me apraz. Eventualmente poderia ter convidado algum elemento do lado feminino para jantar, eventualmente teria iso ao cinema, eventualmente poderia ter ido ver algum excerto musical em algum sítio decente e bom, eventualmente poderia ter opções de saída. Sendo assim, fiz 150 quilómetros com um nevoeiro do outro mundo, estou na cidade pequena sentado no sofá verde, mas já tenho que fazer, e sempre que na cidade peuqena se põe o pé fora de casa, tudo pode acontecer, e sempre que acontece nunca é positivo para o corpo. E eu que preciso tanto de descansar. Zzzzt let's go!

As noites com a Catarina valem todos estes sacríficios, em particular quando não a vejo durante meses a fio.

Post Post

Espero que tenham tido um Natal Feliz com os que mais gostam e que tudo o que desejaram para vós e para os que vos são próximos se concretize em 2008 ou mais á frente se for esse o caso.

Eu pedi pouca coisa, mas pedi coisa da boa!
See you around

Captured moments 2

Where to?


Tirei esta foto num click espontâneo sem saber o que sairia dele. Quando a vi no display vi-me automaticamente no meio deles. Eles continuaram, afastaram-se e em poucos momentos a ligação capturada desfez-se. A minha posição não! Continuei entre estas duas figuras, cada uma seguindo o seu caminho natural. Fiquei na dúvida se, na altura me deslocaria para a esquerda e continuar a ser criança ou deslocar-me para a direita e aceitar que estava na altura de seguir a maturidade. Entretanto, e já passou algum tempo, nem sei bem para que lado fui, se tivesse que me posicionar seria mais à esquerda.

Este fim de ano, estive totalmente à esquerda, segui o miúdo e conscientemente deixei-me levar, deixei-me seduzir mais uma vez por esse lado que tanto gosto. Não sei se nunca segui para a direita porque os exemplos que tenho desse lado não correspondem ao que gosto e queria. Conscientemente deixei-me levar, já com uma ideia formada e que se completou faz agora 7 ou 8 minutos. Vou seguir para a direita. Construir em cimento em vez de construir em peças de lego "remontáveis". Não tenho jeito para construções em cimento, sempre foi algo que me fez lembrar esforço, trabalho árduo, medidas exactas e outras coisas mais, coisas definidas ponderadas e com base para lançamentos futuros. Por não gostar talvez, mas afinal de contas já fiz tanta merda por gostar, porque não tentar the ugly side?


Vemo-nos à direita!