Sempre que vou para norte de Alverca, leia-se Braga, há uma coisa que me estraga a viagem: as cerca de seis horas que demoro a chegar à minha segunda casa. A linha de comboio entre Nine e Braga está em obras e a única alternativa que tenho é mesmo uma camioneta sem ar condicionado que pára na estação de serviço do Pombal para que os passageiros possam ir à casa-de-banho. A capacidade de mobilidade neste país é praticamente nula. O que vale é que quando vi esta notícia, relembrei-me que o meu país começa na Torre de Hércules e acaba, aqui mesmo, à beira da ponte 25 de Abril.
Rui

Ainda não tivemos esta conversa mas ela é cada vez mais urgente. Vamos continuar a ter o DN em casa quando Fernando Lima ocupar o cargo de director do jornal? Relembro aos mais desatentos que o senhor, até há poucas semanas assessor de Martins da Cruz e anteriormente assessor de Cavaco Silva, foi nomeado director do diário da Lusomundo, empresa do universo PT. Não acredito que a linha editorial sofra alterações significativas, isto é, coladas à estratégia do governo. Para isso, já existe o Povo Livre. O que poderá não acontecer é a recuperação de um jornal que tem estado adormecido nos últimos anos: as más fotografias, os textos sem sabor e os suplementos que são apenas incrementos de papel estão para durar. Ao ficar tudo na mesma, o DN continua a ser um orgão de informação cinzento, pouco esclarecedor e pouco esclarecido. E assim se concretiza o objectivo desta nomeação política. À falta de melhor sempre tenho esta leitura.
Rui

Apetece-me falar contigo, mas não posso. Apetece-me percorrer o mundo, mas não devo. Apetece-me contar uma história, mas não me lembro. Talvez um dia escreva um romance, " a má memória é essencial para escrever romances e para os poder viver, na vida e nos romances tudo se repete".
Perdi a memória, pois tudo começa amanhã, na minha casa, na casa que também é deles. Na casa onde repisarei o caminho percorrido pelo cortejo dos romances vividos.
O presente está conquistado, o futuro é construído em S.Bernardo.

Babs

O natuacasaounaminha nasceu da loucura de três almas. Nasceu duma necessidade dessas almas se libertarem de uma situação claustrofóbica, redutora, asfixiante que minava a verbalização de um ano de sufoco. Ele nasceu, as almas subiram à(s) estrela(s) elá vão ficar. Sós? nunca!
Como diz o Rui, na minha! Na minha, na minha, na minha! Quando te perguntares, onde é o paraiso, onde se comunica, onde se enlouquece, onde se está bem, Eu, o Rui e a Babs sabemos a resposta. Na nossa.
Viva a abertura oficial da minha, da dele e da dela.

Vitó

Terceiros, esse sujeito sempre disponivel para opinar sobre tudo, todos, nada e mais nada. Terceiros, não eu, não tu, não nós, não vós ele e\ou eles, sim, são esses os terceiros. Quando perceberão que são por isso mesmo chamados, Terceiros. E sendo o que são, porque é que têm de dar opinião, nunca ninguém lhes pede isso e quando pede têm que compreender que é um acto de desespero dos primeiros e segundos, que claro, sempre que o fazem se arrependem eternamente de terem sequer ouvido uma unica silaba da pseudo opinião desse reles sujeito que é o terceiro, sim pseudo porque nunca é uma opinião fundamentada, parcial, coerente, passivel de ser ouvida, então pergunto porque é que eles existem e para quê.
Pior ainda, quando o terceiro emite uma opinião sobre o que quer que seja sem lhe ter sido passada a palavra, será que a violência não se aplicaria neste caso. Porque é que não existindo o\os terceiros, quando opinam os primeiros e os segundos sofrem sempre? Aprendam a subir no pódio e ai sim, quando ficarem no minimo classificados em segundo, falem, digam, berrem, ajam, amparem, disparem, ajudem, batam e façam. Até lá, não por favor!

Vitó

O Vítor fez jogging pela sala (40m2 exclusivamente dedicados ao bem-estar pessoal), a Bárbara já se imaginava com crianças encavalitadas em beliches colocados estrategicamente ao lado da casa-de-banho dela e eu descobri uma nesga de vista para o Tejo. Foi esta a primeira de muitas noites na casa da Rua de São Bernardo, disponível a partir de 1 de Novembro. Nós, o trio do Na Tua Casa Ou Na Minha, podemos finalmente propor: na minha!

Rui

Esqueço-me sempre de assinar.
Babs

Transporta-me para o ar e é como se voasse. Mas sei que não posso voar. E sinto-a minha como sinto até ás entranhas aquelas sensações que em mim nadam e percorrem a pele quando sinto o dedo da mão do braço que não é meu. É tão intenso que sabe ao pouco que deixa.
Resta-me pensar e ouvir ao cheirar o corpo vibrante e sedento do olhar que me beija.

É isto que em mim provoca. Senti-lo-ei até morrer, pois ele nunca será meu.
Não é de ninguém.

Fui eu, a Babs.

É aí que reside o cerne de todo e qualquer problema; nessa cega teimosia que elege o calculismo - material e sensorial - como a "Constituição" de toda e qualquer orientação da conduta humana. Essa cegueira artificial que não nos permite aceitar que cada um de nós precisa de dar mais atenção a si próprio. Não constitui qualquer forma de narcisismo contemporâneo numa versão pretensamente urbana. É só um caminho para se poder ser um pouco mais feliz.
Como é que alguém pode viver na ilusão de viver uma vida preenchida se não souber consumir cada impulso ditado por qualquer um dos nossos cinco (ou seis!) sentidos?!- pergunto eu. Como é que se retem um sorriso?! Como é que alguém ousa proclamar que um homem não chora, se as lágrimas mais viscerais que vi escorreram de um rosto de um homem?!
É ímpar a força transmitida por um impulso; não pode ser retida dentro de cada um.
Ainda recentemente escrevi uma suposta carta de amor. Hoje já não o faria.E foi isso mesmo: um impulso. Desconheço a sua natureza - é o que acontece com tantos outros impulsos impossíveis de catalogação. Mas são estes que verdadeiramente nos movem tornando-se recorrentes pelo desejo que suscitam na busca da sua identificação. É o eterno mito que rodeia o desconhecido,basicamente.

O Pacman, rapaz engagé (como agora é bem dizer) em várias causas sociais, decidiu dar a voz à música da publicidade que ajuda a reposicionar a McDonald’s. Segundo a multinacional, o Pacman transmite toda a energia e juventude inerentes ao novo posicionamento da empresa que costuma estar no centro de qualquer manifestação antiglobalização que se preze. Tenho pena que o rapaz tenha cedido ao cheiro do dinheiro, mas se eu estivesse para comprar uma casa na margem sul, ou algo do género, não pensava muitas vezes. Mas isto do Pacman somar o cash da McDonald’s a um estágio na agência de publicidade que adaptou o filme para Portugal é capaz de ser um bocadinho exagerado.

Rui

O senhor doutor não diz, de vez em quando, um palavrão? Eu digo!
O senhor doutor não dá, de vez em quando, um traque? Eu dou!
O senhor doutor não tira, de vez em quando, uma catota do nariz? Eu tiro!
O senhor doutor não coça, de vez em quando, o material? Eu coço!
O senhor doutor não cospe, de vez em quando, para o chão? Eu cuspo!
O senhor doutor não arrota, de vez em quando, em público? Eu arroto!

A classe política está cada vez mais próxima do povo. Pura estratégia, digo eu.

Rui

É raro, mas há alturas em que os posts em branco dizem mais do que mil páginas. L., o espaço em branco que se segue é dedicado a ti. Pelo que ainda falta escrever na tua vida. Se estiveres com falta de personagens para a tua história, lembra-te de que eu estou aqui.













Rui

É interessante a forma como os media retratam certas realidades. Este fim-de-semana decorreu mais um ajuntamento de cocainómanos e gays. Não, não estou a falar das casas de banho do Lux. Refiro-me à ModaLisboa. Como já vem sendo hábito, a frase mais ouvida não foi propriamente ‘O Dino Alves é sempre a mesma coisa’, ‘A Cristina Caras Lindas está fantástica’ ou ‘Não há por aí nenhum palestino que mate o Carlos Castro?’, mas sim o clássico ‘Tenho de ir ao carro’. Snif! Estranhamente ninguém fala sobre o lado B da ModaLisboa. No entanto, fica aqui o derradeiro apelo às redacções das revistas cor-de-rosa. A esta hora devem estar a fechar as últimas páginas antes de irem para a gráfica. Corrijam as legendas das fotografias da ModaLisboa e chamem as pessoas pelos devidos nomes. Não descrevam alguém como ‘amigo de’ quando, na verdade, é namorado. O amor é bonito e palavras como estas não queimam ninguém.

Rui

Estou chocada. É o sentimento do dia. Não o da noite, espero eu..
Estou chocada com o Público. Não pelo conteúdo do artigo referente ao relatório anual do Observatório Europeu das Drogas e da Toxicodependência-este deixa-me preocupada e impotente. Refiro-me à frase que dita o seu início: " A Juventude é um eterno problema". Gostava eu de saber várias coisas acerca do autor dessa helénica frase: que idade tem, que juventude teve, que conhecimentos sociológicos tem ele da sociedade em geral e da referida camada social, em especial.
Os adultos não são um problema?! Os idosos não são um problema?!As crianças não são um problema?! Eu própria considero os jornalistas um eterno problema.
Se o Sr. Amílcar Correia for pai deve sim considerar-se um eterno problema pelo legado doutrinal que deixa aos seus filhos.
Estou chocada também com a quantidade de "clichés" que o Vi ( recuso-me a tratar-te por "Vivi") decidiu inserir no nosso blog. E fico por aqui.
Estou duplamente chocada com o Rui pela aparente inércia intelectual que tem sofrido nos últimos dias.
Estou triplamente chocada comigo por nada ter escrito ontem à noite...E eu sei onde mora o culpado...

Babs

Nunca discutas com um idiota: primeiro, ele arrasta-te até ao seu nível
e depois, ganha-te em experiência.
************
Portugal é um país geométrico: é rectangular e tem problemas bicudos
discutidos em mesas redondas...por bestas quadradas!
*************
Os "CORNOS" não existem! Isso foram coisas que te meteram na cabeça.
Ok!?
*************
O excesso de sexo provoca amnésia e outras merdas que agora não me
lembro.
*************
O teu futuro depende dos teus sonhos. Por conseguinte, não percas tempo,
vai dormir....
*************
Nos últimos anos investiu-se muito mais em implantes de seios,implantes
de pénis e em Viagra do que na doença de Alzheimer. Dentro em breve,
haverá muita gente dotada com grandes seios ou pénis compridos sem se
lembrar para que servem...
**************
E se um dia te sentires inútil ou deprimido, lembra-te disto: já houve
um dia em que foste o espermatozóide mais rápido do grupo!
**************
A mulher moderna já não pensa em Príncipes Encantados, prefere o Lobo
mau.
Este não só a ouve melhor, como, no fim, ainda a come.
*************
O teu computador é como uma carroça: tem sempre um burro à frente!!!
*************
O cérebro é um órgão maravilhoso. Começa a trabalhar logo que acordamos
e só pára quando chegamos ao escritório.
*************
A diferença entre o homem e a mulher, é pequena. Mas aumenta quando ela
se aproxima!
*************
A mulher do amigo é como a bota da tropa .......... também marcha...
**************
Esposa é aquela amiga e companheira que está sempre ao teu lado para te
ajudar a resolver aqueles grandes problemas que não terias... caso
fosses solteiro!
**************
O sexo é como um jogo de cartas: ou se tem um bom parceiro, ou se tem
uma boa mão!
**************
Toda a gente se queixa de assédio sexual no local de trabalho. Ou esta
merda começa a ser verdade ou eu despeço-me.

Beijos do Vivi.

És um nascituro. Não sei em que vais dar. Mas não é isso que me reprime. Já valeste pelo gozo que tive no desejo de te criar.
Babs

Não sei porque mas acho que isto pode mesmo resultar, além de ser extremamente mais util para conversar do que comunicar em tempo real através do mail. É só para ver como está este sitio. temos realmente de verificar as potencialidades do blog.