Tenho milhões de coisas na cabeça e só consigo pensar numa. Nela, na Filipa. A pessoa que mais me arrebatou o coração desde que me conheço. Está totalmente preenchido com ela, creio que sempre o esteve mas nos últimos tempos essa presença ficou fisíca e oficializou-se. Sei que foi recíproco ela também tem o dela cheio de mim. Sei que este facto a ajudou a tomar decisões que estavam por tomar e pôr um powerplay na sua vida, que se espera a nossa também. Sei que não é totalmente por causa de termos preenchido os corações um do outro que ela vai ir fazer-se à estrada, pegar pelos cornos a sua vida e construir a bela vida que merece. Ela merece tudo o que de melhor existe e não merece porque gosto dela, merece porque sim porque a pessoa dela sintetiza o que de melhor existe nas pessoas. É assim que ela é para mim, uma pessoa incrivelemente fantástica difetrente de todas as outras que conheci. É a minha pessoa ideal.
Apoiei-a e apoio-a em tudo o que queira fazer, pois apesar de ser mais ou menos como eu, ou seja de gostar de muita coisa, sabe muito bem o que gosta e o que quer fazer e acima de tudo o que vai fazer. Estou sempre aqui para ela, estarei aqui sempre para ela e até hoje estaria aqui totalmente para ela. Nos últimos tempos, qual criança, só conseguia imaginar-nos juntos e projectar na minha cabeça cenários futuros para nós. Cenários que fazem todo o sentido com ela, cenários que até termos formalizado o nosso amor, me aterrorizavam e me faziam tremer de medo. Pois com ela a ideia desses cenários tornou-se um factor de calma, estabilização e acima de tudo vontade de os concretizar com ela. Até hoje iria estar com ela em tudo o que ela quisesse e precisasse. Gosto de dividir a minha vida com ela. Gosto de dividir o tempo que tenho para pensar em mim com ela e prefiro passar mais tempo a pensar nas coisas dela do que nas minhas. Sentia saudades de me dar a alguém, principalmente a ela. E dei-me e dou-me e dar-me-ei.
Ela tomou a decisão correcta para ela e vai alavancar. Já está decidido, decisões tomadas e concretizadas no papel. Apesar da sua, admirável, determinação sei que sou uma peça essencial na sua adaptação à etapa que ela irá iniciar. Sou e quero ser e serei. Apesar da sua, admirável, determinação sei que ela estava a contar comigo para tudo o que fosse preciso e eu sorria como uma crianaça a pensar nessa necessidade e no prazer que me daria ter toda a disponibilidade para ela. Andava criança e sorria todos os minutos que pensava nisso, minutos esses que contabilizados no final do dia dava a soma de 1440 minutos. Só consigo pensar nela, noite e dia. Pensar nela e nós. Nas coisas que temos de fazer que ela diz que já foram feitas por mim com outros intervenientes mas que não sabe bem o que diz, eu digo-lhe que essas coisas pensadas com ela são totalmente novas e em tudo melhores e diferentes do que quando feitas com os outros.
Hoje estou triste pois recebi uma notícia aqui no trabalho que me coloca num projecto a um ano fora do país, a sair 5 dias antes dela chegar. Tenho o coração partido, tenho os pedaços dele partido apertados no chão. Estou com ondas de aperto pelo coropo todo, não consigo trabalhar, não consigo concentrar-me não consigo deixar de sentir o coração apertado. Estou tristíssimo. Não estou triste com a ida estou triste com o timming que o mundo mais uma vez nos lançou, parece que a nossa linda história tem de passar consecutivamente por privações e desafios deste género. Parece que de uma forma brutalmente dolorosa o mundo nos quer fazer ver que esta linda e deliciosa história de amor até se conscretizar no pleno tem de sofrer golpes deste género. É bonito no pensamento mas fisicamente dói tanto.
Apesar de isto não ser novidade para nós. A distãncia, ela só era distância porque não estávamos no mesmo sítio. Eu estive parado no meu sítio durante quase sempre e ela finalmente vem para o meu sítio e precisamente nesta altura eu saio do meu sítio? Isto é um massacre para o meu coração.
Tenho tanto medo desta situação. Estou triste e amedrontado com o facto de ela vir para o meu sítio e não ser eu a mostrá-lo como eu queria. Não ser eu a mostrá-lo como ela queria. Não ser eu a mostrá-lo. Mas sim um outro alguém que não eu. Que lhe mostre o "mundo" como ela lhe chama e que lhe encante o seu coração. Já tinha tanto medo do "mundo" como ela lhe chama, com tantas pessoas mais bonitas que eu, mais interessantes que eu, mais dinâmicas que eu, mais ricas que eu, mais disponíveis para ela que eu, mais tudo que eu. Pessoas que ela vai conhecer obrigatoriamente. Agora além de saber isso, saber que podem ser elas a tomar o tempo que seria eu a tomar. Isto é um massacre para o meu coração. É um massacre para o meu pensamento.
Apesar de ser possível negociar a minha vinda a Portugal de 15 em 15 dias, o que é satisfatório. Gostava de passar tanto tempo primeiro com ela. E depois iniciar o projecto então já com o cheiro dela em mim.
Estou triste
Edit 16:42 - Estou em recuperação. Para os mais catastrofistas.